“Houve neste caso preparativos concretos para cometer um tal ato, com uma espécie de bomba biológica, algo sem precedentes na Alemanha”, declarou Holger Munch à rádio pública alemã.
Indicou que o suspeito tinha começado a produzir ricina e que os investigadores dispõem de elementos que apontam para ligações ao grupo extremista Estado Islâmico.
“As buscas mostraram que o suspeito já tinha produzido ricina”, o veneno de origem vegetal mais poderoso que se conhece, disse o chefe da polícia.
Trata-se de uma substância mortal em caso de ingestão ou inalação e contra a qual não existe antídoto.
“Encontrámos um grande número de sementes de ricina, permitindo produzir” o veneno, sublinhou Munch, “assim como diversos utensílios necessários à fabricação de um explosivo”, adiantou.
O objetivo visado pelo atentado ainda não foi determinado, tal como eventuais cumplicidades de que o suspeito poderá ter beneficiado.
O homem de 29 anos, identificado como Seif Allah H., tinha sido assinalado há “alguns meses” e era vigiado, tendo sido detido por forças de elite da polícia alemã.
O chefe da polícia nacional indicou que a detenção tinha sido possível graças à colaboração de “serviços de segurança nacionais e internacionais”.
Segundo média alemães, foi a norte-americana CIA que alertou primeiro a polícia alemã, após ter notado as compras na Internet das substâncias para o fabrico da bomba.
Trata-se da primeira vez que as autoridades dizem claramente que estava a ser preparado um atentado com uma bomba de ricina. A semana passada, aquando da detenção, a justiça falou de suspeitas, indicando não possuir elementos suficientes para dizer se o suspeito ia ou não passar à ação.
Em maio, as autoridades francesas também anunciaram ter impedido um atentado em Paris com explosivos ou com ricina, tendo detido um egípcio de 20 anos.
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