De acordo com as projeções avançadas pela televisão pública ZDF cerca de 30 minutos após o fecho das urnas, a CDU conquistou 35,2% dos votos no estado com dois milhões de habitantes, enquanto a AfD registou apenas 23,3%, quando as sondagens anteriores apontavam para um enorme equilíbrio. A seguir ficaram a formação de esquerda radical Die Linke, com 11%, o Partido Social Democrata (SPD), com 8,2%, os Liberais (6,9%) e os Verdes (6,1%).
Em termos de distribuição dos 83 assentos naquele estado, a CDU alcançou 32, seguida de AfD (21), Die Linke (10), SPD (8), Verdes (6) e Liberais (6), sendo necessários 42 para deter a maioria.
Os conservadores registam, assim, um crescimento assinalável em comparação com as eleições regionais de 2016, nas quais tiveram 29,8% dos votos, enquanto a AfD perdeu um ponto em relação aos 24,3% anteriormente alcançados.
Os sociais-democratas perdem quase dois a três pontos em comparação com 10,6% em 2016; a esquerda, mais de cinco (16,3%), enquanto os Verdes sobem nove décimos (5,2%). Já os Liberais conseguiram reentrar no parlamento regional, ultrapassando a barreira dos 5%, após dez anos na oposição não parlamentar.
Perante este resultado, o primeiro-ministro da Saxónia-Anhalt, Rainer Haseloff, está em condições de reeditar a aliança com os Sociais-Democratas e os Verdes, conhecida por “Quénia” devido às cores dos três partidos, sendo o primeiro governo com esta configuração em todo o país e que conseguiria um total de 46 lugares no parlamento regional.
Outra possibilidade, com os mesmos 46 assentos, seria uma coligação “Alemanha”, ao juntar a CDU com o SPD e os liberais. Por fim, existiria ainda a alternativa “Jamaica”, resultante de uma parceria entre Conservadores, Verdes e Liberais, com 44 lugares.
As mesas de voto abriram às 06:00 GMT para cerca de 1,8 milhões de cidadãos e fecharam às 16.00 GMT, numa eleição em que Haseloff aspirava estar novamente à frente do governo para aquele que será, segundo as suas palavras, o terceiro e último mandato.
Haseloff, que lidera o governo de coligação do estado da Saxónia-Anhalt desde 2011, excluiu qualquer tipo de colaboração com a extrema-direita ou a esquerda radical e salientou que a Saxónia-Anhalt só pode ser governada a partir do centro e com partidos democráticos.
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