Merkel visitou o reino em plena convulsão interna na Alemanha, motivada pela questão das migrações, mas acompanhada pelo rei jordano, Abdulah II, não fez qualquer referência à crise que pode comprometer a sua coligação.
A chanceler disse que Berlim vai disponibilizar mais 100 milhões de dólares de empréstimo, que se juntam aos 384 milhões de euros de ajuda bilateral registados em 2018. Referiu ainda esperar que estes fundos adicionais ajudem a Jordânia na aplicação das reformas económicas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI pretende a aplicação de reformas para reduzir a dívida pública do país, que aumentou para 96% do PIB, em parte devido aos problemas económicos motivados pela prolongada guerra civil na vizinha Síria e por outras crises regionais.
“Estamos conscientes dos desafios que enfrentam, quer no domínio da segurança, quer no desenvolvimento da sociedade civil”, disse Merkel, antes de desejar sucesso ao Governo na aplicação das “reformas necessárias”.
“O FMI, e é conhecido por isso, tem frequentes e ambiciosas ideias sobre reformas, e aplicá-las é tudo menos simples”, disse.
Após o início da guerra na Síria em 2011 pelo menos cinco milhões de refugiados foram acolhidos por diversos países da região, incluindo a Jordânia. Em paralelo, centenas de milhares decidiram viajar até à Europa, através de perigosas rotas marítimas e à mercê de traficantes.
Nos anos mais recentes, os credores internacionais tentaram alterar a sua abordagem e privilegiar a ajuda ao desenvolvimento em detrimento da humanitária, esperando que os refugiados permanecessem no Médio Oriente. O programa, destinado a criar 200.000 empregos para os refugiados sírios, obteve um sucesso parcial.
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