“A República Checa pode fornecer armas fabricadas na Rússia que a Ucrânia pode usar diretamente, enquanto nós ajudaremos o Exército checo a manter a sua força”, explicou Scholz, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro checo, Petr Fiala.

Os dois chefes de governo não quiseram adiantar mais detalhes, até que o acordo esteja finalizado, noticiou a agência EFE.

Fiala assegurou, no entanto, que as negociações estão “muito avançadas”, prevendo que “armas pesadas” sejam entregues às forças ucranianas.

Scholz frisou ainda a necessidade de serem adotadas medidas para reduzir a dependência do fornecimento de energia russa, lembrando que esta tem “um papel diferente em cada país”.

“Com o carvão e o petróleo avançamos muito e no que diz respeito ao gás estamos a trabalhar nisso”, referiu o chanceler alemão.

Já o primeiro-ministro da República Checa apontou que discutiu com Scholz o apoio que Berlim pode oferecer a Praga, para reduzir a dependência do país da Europa Central das importações de Moscovo.

Petr Fiala explicou que os dois líderes discutiram a possibilidade de aumentar a capacidade do oleoduto TAL, que conecta a República Checa ao estado alemão da Baviera, no sul.

Se esta medida se concretizar, “poderemos importar petróleo bruto suficiente para as refinarias checas e assim teríamos combustível para as necessidades dos cidadãos”, avançou o primeiro-ministro.

A República Checa importa da Rússia cerca de 95% do gás que consome, acrescentou.

Berlim e Praga acordaram também a criação de um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de importação de gás natural liquefeito (GNL) através de um dos terminais que a Alemanha pretende construir na costa norte.