“O nosso apoio à Ucrânia não deve diminuir agora”, sublinhou o chefe de Estado alemão, após uma reunião, em Praga, com o seu homólogo checo, Petr Pavel.
Steinmeier reconheceu que embora o ataque russo “represente um grande desafio”, apenas reforçou os laços dentro da UE e da NATO.
“O ataque da Rússia à Ucrânia uniu a UE e a NATO para combater estas ameaças e é necessário que a NATO tenha a capacidade militar adequada”, sublinhou.
Sobre o envio de mísseis alemães Taurus para a Ucrânia, paralisados por falta de acordo no Governo, o Presidente checo frisou que esta arma tem “importância para a Ucrânia, mas não é fundamental”.
“A Ucrânia tem à sua disposição os sistemas de ataque americanos ATACMS”, lembrou Pavel, que foi presidente do comité militar da NATO.
O mais importante, segundo o Presidente checo, é que a Alemanha continue a apoiar Kiev com sistemas de defesa antiaérea, como tem feito até agora, bem como com projéteis de infantaria.
A Alemanha é um dos países que aderiu à iniciativa checa para adquirir munições excedentárias de países fora da UE, até que a capacidade de produção europeia aumente.
Questionado pelos jornalistas, Steinmeier não quis, por questões de segurança, dar informações sobre uma iniciativa europeia para fabricar munições em solo alemão.
O chefe de Estado alemão assegurou que o seu país “continuará a apoiar militar e economicamente a Ucrânia”, lembrando que, como prova disso, a Conferência para a Recuperação da Ucrânia ocorrerá em Berlim nos dias 11 e 12 de junho.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou no sábado uma nova dotação de mais de 60 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) para financiar novas remessas de armas para a Ucrânia, após meses de impasse.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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