Berlim está igualmente a ponderar alargar a obrigação de apresentação de um teste negativo aos viajantes de qualquer país.
O Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, cujas diretrizes pautam a atuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, incluiu na passada sexta-feira toda a Espanha, incluindo as ilhas, na categoria de zona de alto risco, com efeitos a partir de hoje.
A reclassificação significa que quem regresse à Alemanha procedente de Espanha deverá cumprir uma quarentena de dez dias, que poderá ser reduzida a cinco se apresentar um teste PCR negativo. Fica isento quem apresentar o certificado sanitário covid ou tenha recuperado da doença.
O RKI revelou no seu mais recente relatório semanal que foi detetado que aproximadamente 10% dos novos casos de covid-19 chegam do estrangeiro, com um forte aumento, nas últimas semanas, dos casos ligados a estadas em Espanha.
Na semana que terminou a 18 de julho, à qual dizem respeito os últimos dados disponíveis, 389 infeções foram ligadas a Espanha, à frente das 80 relacionadas com estadas na Holanda, 55 na Grécia, 33 na Rússia, 27 em França, 15 em Itália e oito em Portugal.
O instituto eleva para 821 os casos “importados” de Espanha entre 21 de junho e 18 de julho, à frente, por exemplo, dos 51 com origem em Portugal ou os 40 após estadas em Itália.
O Governo alemão tem hoje em cima da mesa um plano para alargar a obrigação de apresentação de um teste negativo à entrada no país, sem fazer diferença de onde se regressa ou a via eleita para entrar, noticiou a imprensa alemã, citando um relatório do Ministério da Saúde.
Alguns especialistas acrescentaram, ao tomar conhecimento da intenção do Governo, que talvez seja necessário alargar essa obrigação inclusive a quem tenha recebido a vacinação completa ou tenha recuperado da covid-19, já que são conhecidos casos de contágio entre esta parcela da população.
De momento, na Alemanha está em vigor a obrigação de apresentar um teste negativo para quem chegue ao país de avião e para quem proceda de zonas consideradas de alto risco, não tenha a vacinação completa ou não possa comprovar que superou a doença.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.307 pessoas e foram registados 956.985 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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