Ana Paula Martins falava aos jornalistas após ter-se reunido com os dirigentes da ULS do Algarve, em Faro, e explicou que, ao longo das cerca de quatro horas de duração do encontro, recolheu informação sobre os “meios adicionais” que o Governo pode “acionar”, através do Ministério da Saúde, para apoiar o plano preparado pelas entidades regionais para o verão.
“Aquilo que está previsto no plano da Unidade Local de Saúde é conseguir responder com os meios que já conseguiu acionar e com mais alguns que nós, naturalmente, procuraremos acionar durante as próximas semanas”, adiantou a governante, garantindo que tem “absoluta confiança” no trabalho que está a ser feito na região para garantir essa resposta.
Questionada sobre os meios que o Ministério da Saúde pode ter de vir a acionar para garantir o apoio à ULS, Ana Paula Martins garantiu que serão “aqueles que forem necessários”, frisando que, “no Algarve as pessoas já estão muito habituadas […] a viver com quem está no Algarve e a responder com quem está no Algarve”.
“Essa decisão está prevista no plano e é uma decisão tomada, portanto, como sabem, em conjunto com a direção executiva [do Serviço Nacional de Saúde] e com a Unidade Local de Saúde, que tem um diretor clínico para a área de cuidados primários e um diretor clínico para a área de cuidados hospitalares”, afirmou.
Ana Paula Martins indicou que existem escalas e modelos de rotatividade “que são diferentes ao longo do país” - e que os que “dão certo” vão ser mantidos -, mas ressalvou que “há outros que já se comprovaram, em algumas zonas, que precisam de ser aperfeiçoados”, estando o Governo com “atenção particular” às regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
“Não quer dizer que o resto do país não seja muito importante, todo o país é muito importante, mas são duas áreas onde o Governo foca essencialmente a sua atenção, nomeadamente no âmbito da urgência, que referiram aqui muito bem, pediátrica ou obstétrica, portanto materna ou infantil, e naturalmente naquilo que é a resposta a situações como o trauma, a situação da doença aguda”, disse.
A ministra da Saúde afirmou ainda ter “reforçado” a sua “absoluta confiança” no plano elaborado pela ULS do Algarve, mas sublinhou que esse plano tem de “ser ajustado se houver de repente necessidade” de meios ou de modificar a resposta.
“E se houver necessidade, podem ter a certeza que todo o apoio que a região do Algarve necessita vai aparecer”, garantiu, argumentando que o importante é ter um plano e que ele se “adequa aos picos de urgência”, mais do que a ministra estar a dizer o número de médicos ou enfermeiros necessários.
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