Segundo Eduardo Ferreira, da Associação de Moradores da Cova do Vapor, "há mais de 30 anos que a aldeia não era fustigada desta maneira".

"A força do mar, juntamente com o vento, fez isto. Nem chovia muito na altura", disse Eduardo Ferreira à Lusa.

De acordo com o morador, as autoridades chegaram rapidamente ao local depois de terem sido chamadas.

Eduardo Ferreira explicou que em causa está apenas uma casa de habitação permanente, enquanto as restantes três afetadas são de fim de semana ou férias.

O morador lembrou também que não houve mais problemas porque o molhe de pedras foi "há cerca de cinco/seis anos intervencionado com apoio da Administração do Porto de Lisboa".

"Houve uma grande reposição de pedra e é isso que tem protegido ao longo destes anos das intempéries e avanços de mar", disse.

Fonte dos Bombeiros da Trafaria (distrito de Setúbal) avançou à Lusa que a principal estrada de acesso à aldeia da Cova do Vapor sofreu uma rutura no sistema de abastecimento de água, tendo a canalização sido reparada de manhã. No entanto, a forte agitação marítima que ocorreu cerca das 15:00 voltou a danificar o sistema, além de ter destruído parte do alcatrão da via.

A mesma fonte acrescentou que foi aberto um acesso de emergência pela Mata de São João, que vai dar junto às praias, para que a população possa sair.

Entretanto, em comunicado, a Câmara Municipal de Almada avançou que a estrada de acesso “por motivos de segurança, vai permanecer, para já, encerrada”.

“Amanhã [sexta-feira], 02 de março, e logo que as condições do mar o permitam, a Proteção Civil Municipal irá fazer uma nova avaliação dos danos e definir quais as condições necessárias para a reabertura da referida via”, pode ler-se na nota.

Ainda de acordo com a mesma nota, “durante as próximas horas e toda a noite as diversas equipas da Proteção Civil de Almada (bombeiros, Serviço Municipal de Proteção Civil, GNR e Autoridade Marítima) vão continuar no terreno para acompanhar a situação”.

A Lusa constatou no local a presença de retroescavadoras que faziam a limpeza da areia e de várias pedras que foram arrastadas pela força do mar.