O incidente, “que não teve nenhum impacto sobre os trabalhadores, o público ou o ambiente, é classificado com nível zero” na INES, elaborada pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para informar o público sobre a gravidade das ocorrências em instalações nucleares, refere o CSN em comunicado.
O CNS refere no comunicado que foi informado pelo titular da Central Nuclear de Almaraz da ocorrência de uma paragem não programada na Unidade 1 devido à paragem da bomba principal número dois.
“Os sistemas de segurança funcionaram corretamente e a unidade encontra-se parada, em condição estável e segura”, adianta o CSN no comunicado, adiantando que a central já desencadeou uma investigação para averiguar a causa do incidente.
A Central Nuclear de Almaraz já tinha informado, em comunicado, que os seus funcionários estão investigar a anomalia e a realizar testes e inspeções para voltar a ligar a rede elétrica da unidade.
Segundo a central nuclear, “todos os controlos e proteções” funcionaram corretamente aquando da paragem do reator.
A situação foi denunciada pelo Movimento o Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Associação Ecologistas em Ação que reiteram a sua exigência para que não seja renovada a autorização de funcionamento da central de Almaraz, que tem licença até 2020.
“Esta acumulação de incidentes, ainda mais quando acontece no mesmo sistema de alimentação elétrica, mostra claramente que a central trabalha, a cada dia que passa, com a segurança mais degradada”, adverte o Movimento Ibérico Antinuclear, composto por várias organizações portuguesas e espanholas, e os Ecologistas em Ação.
Para os ambientalistas, é imperativo a realização de uma investigação para averiguar a causa específica dessas falhas repetidas.
“A causa principal é claramente o envelhecimento progressivo da central, que aconselha a que não seja prolongado o seu funcionamento”, vincam no comunicado.
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