De acordo com o comunicado da empresa de telecomunicações, “(…) à data de hoje, cerca de 99,5% dos clientes afetados pelos incêndios tem os seus serviços repostos”.
Recentemente, foi noticiada a morte de uma mulher em Vale de Ameixoeira (Macieira), freguesia do Troviscal (Sertã), alegadamente por falta de assistência. Uma vez que a localidade se encontra sem telecomunicações desde o incêndio florestal de meados de outubro, o marido da vítima terá tido de percorrer cerca de dois quilómetros para conseguir telefonar para o 112.
“A Altice Portugal lamenta que se utilize a dor familiar no sentido de a relacionar com uma situação de não existência de um serviço fixo (pese embora as várias tentativas de contacto da Altice Portugal com o cliente), quando se pode atestar a existência de rede móvel, voz e dados no local, o que demonstra de forma cabal que há um meio de comunicação completamente disponível e apto para uso da população desta localidade (aliás confirmado pelo próprio utilizador que assume ter um telemóvel)”, sublinhou a nota.
A companhia referiu ainda que “a maioria das ligações que faltam efetuar se devem à incapacidade de chegar ao contacto com vários clientes destas zonas, por questões diversas, nomeadamente: habitações sazonais ou de fim de semana, clientes emigrados ou mesmo clientes que ainda não nos contactaram para aceitação do agendamento proposto com os serviços da Altice Portugal para reposição desse mesmo serviço”.
“(…) A Altice Portugal é a única operadora de comunicações presente em algumas regiões do nosso país e que investe em infraestruturação de fibra ótica de última geração em territórios que até ao momento não tinham qualquer tipo de conectividade”, sublinhou a nota.
A empresa também referiu que comunicaram “por carta e e-mail com 36 municípios e mais de quatro centenas de freguesias para que todo e qualquer cidadão pudesse ser informado dos contactos diretos e mais eficazes para assim poder minimizar qualquer entrave de comunicação”.
“Canais esses que continuam em funcionamento e que são do conhecimento das populações através de esclarecimento público afixado em edital e enviado pela Altice Portugal, colocado ao dispor das juntas de Freguesia, pelo que podemos afirmar que não temos reclamações que não tenham tido a devida e imediata resposta por parte dos serviços da Altice Portugal”, complementou o comunicado.
Segundo a nota, “a Altice Portugal reconstruiu 100% da sua rede de comunicações fixa e móvel afetada pelos incêndios, tendo inclusivamente feito um investimento de expansão de fibra ótica nestes concelhos, com uma cobertura em média de mais de 50% do seu território”.
A empresa saudou ainda a decisão do Governo de solicitar à ANACOM o apuramento das responsabilidades no caso da senhora que morreu na Sertã, num caso que foi “estrategicamente empolado”, considera.
“Contudo, a Altice Portugal lamenta ter sido injustamente envolvida, ao longo dos últimos meses, em casos que não lhe dizem respeito”, declarou a empresa no comunicado.
A empresa também recordou que “não é sua responsabilidade a prestação do Serviço Universal de rede fixa”.
“É com serenidade e com espírito de dever cumprido que a Altice Portugal olha para um trabalho inédito de reposição de comunicações, após uma tragédia ímpar que assolou o território português, e que, em circunstâncias normais, demoraria dezenas de meses até estar concluído pela extensão e gravidade dos impactos que implicaram um investimento de reposição próximo de 20 milhões de euros”, adiantou a empresa de telecomunicações.
De acordo com a nota nunca foi o investimento que levou a atuação da Altice Portugal, “tendo sido antes o bem comum das populações”.
“Por isso mesmo, foram várias as alternativas colocadas ao dispor das populações até à reposição total das comunicações nos vários concelhos afetados, o que já aconteceu”, sublinhou ainda a empresa.
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