Num encontro realizado hoje em Brasília, a dirigente do partido REDE Sustentabilidade confirmou querer disputar, pela terceira vez, a Presidência brasileira.
A candidatura de Marina Silva ainda tem de ser aprovada no congresso nacional da força partidária, previsto para abril do próximo ano, mas o nome da ex-senadora foi o escolhido pelas convenções estaduais do partido, realizadas durante os últimos dois fins de semanas. A aprovação no congresso será só a confirmação final.
“Obviamente que não estaríamos aqui para dizer não. O compromisso, o sentido de responsabilidade, sem querer ser a dona da verdade, está a convocar-me para esse momento”, afirmou Marina Silva, que foi ministra do Ambiente no governo liderado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na mesma intervenção, Marina Silva criticou as reformas liberais promovidas pelo atual governo do Presidente Michel Temer, no poder desde o ano passado, e defendeu que o Brasil precisa de outras e diferentes medidas, porque a recuperação económica ainda é lenta.
“Um governo com uma taxa de aprovação de 3% não tem como construir reformas importantes, porque as reformas importantes (que o país precisa) não são essas”, referiu.
“A melhor prenda que a sociedade pode dar aos partidos que criaram a crise é um período sabático de quatro anos”, prosseguiu.
Nas eleições presidenciais de 2010, a ambientalista conseguiu mais de 19% das intenções de voto, um resultado que iria melhorar quatro anos mais tarde, ao conquistar 22% dos votos.
Nos dois escrutínios presidenciais ficou na terceira posição e não conseguiu ir à segunda volta. As duas eleições seriam conquistadas por Dilma Rousseff, destituída em 2016 pelo Congresso brasileiro por alegadas irregularidades na gestão do orçamento federal.
Recentes sondagens atribuem novamente o terceiro lugar a Marina Silva nas intenções de voto dos eleitores brasileiros, atrás do ex-Presidente Lula da Silva e do deputado ultraconservador Jair Bolsonaro.
Tal como outros políticos brasileiros, o nome de Marina Silva também foi mencionado no conturbado processo de corrupção que envolve a petrolífera estatal Petrobras e que ficou conhecido como Lava Jato.
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