O relatório do MPM2020 foi atualizado para a Era Digital com a inclusão de vários indicadores e variáveis relacionadas com a transformação digital da comunicação social.

Este novo relatório “confirma a tendência observada no setor dos media nos últimos anos: os jornalistas são cada vez mais vítimas de assédio, a sustentabilidade da indústria de notícias está em risco por toda a Europa, enquanto o papel de guardião (gatekeeping) das plataformas digitais está em ascensão", lê-se no comunicado sobre o estudo.

O documento visa documentar com dados os riscos que existem para o pluralismo dos media nos Estados-membros da União Europeia, incluindo Reino Unido, bem como países candidatos, Turquia, e, pela primeira vez, na Albânia, ao longo de 2018 e 2019, com base num conjunto de 200 variáveis organizadas em 20 indicadores.

"Nenhum dos países analisados está livre dos riscos para o pluralismo dos media", refere o relatório.

"Os assassinatos de Jan Kuciak and Martina Kušnírová na Eslováquia", ambos com 27 anos, "e de Lyra McKee na Irlanda do Norte e de Viktorija Marinova na Bulgária, infelizmente, confirmam que a Europa não está imune dos horrendos crimes contra jornalistas”. Estas últimas tinham 29 e 30 anos, respetivamente.

"Ameaças e assédio a jornalistas estão cada vez mais a acontecer na esfera online e, especialmente, contra jornalistas do sexo feminino e isso pode ter um efeito" de 'congelar' "a liberdade de expressão dos jornalistas e a sua capacidade de continuar o seu trabalho de forma ilesa", refere o professor Pier Luigi Parcu, diretor do centro para o pluralismo e liberdade dos media do EUI, citado no comunicado.

E acrescentou: "Mais preocupante é a potencial normalização de ameaças contra jornalistas por parte de políticos, aqueles que estão em melhor posição para promover um ambiente favorável" aos profissionais de comunicação social.

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