“Foi bom ter esperado um bocadinho, é sinal de que há uma boa afluência, o voto é um direito, mas é também um dever cívico. É muito significativo que tantos e tantas cidadãs se tenham mobilizado para ir votar”, afirmou Ana Gomes em declarações aos jornalistas, depois de ter aguardado cerca de meia hora na fila para votar na secção n.º 2 da Escola Secundária de Cascais.
A militante do PS lamentou, tal como foi alertando ao longo da campanha, que hoje “muitas pessoas que quereriam votar não poderão” fazê-lo, questionando porque não se encontraram alternativas atempadamente, como o voto eletrónico.
“Uns porque estão doentes, outros em isolamento profilático. Tenho particular pena que muitos dos nossos emigrantes não tenham podido votar e só não votaram porque não se legislou a tempo e horas”, disse.
A antiga eurodeputada votou cerca das 15:07 em Cascais, numa fila só com mulheres, já que era a mesa, como referiu, “das Anas Marias”.
“Quero saudar todos aqueles que estão a trabalhar nas mesas de voto por todos o país para que todos possamos votar”, disse, considerando que “o exercício de voto está a ser seguro” e estão a ser tomadas todas as precauções.
Questionada se a afluência às urnas, um pouco superior em relação há cinco anos às 12:00, será um real interesse em votar ou uma forma de ‘escapar’ ao confinamento, a candidata alinhou pela primeira hipótese.
“Quem está aqui sabe bem que o exercício do direito de voto é realmente importante, estas eleições são muito importantes, quantos mais cidadãos vierem votar mais a democracia sairá reforçada”, apelou.
Sobre o que vai fazer hoje, até se juntar à noite eleitoral que decorre num hotel em Lisboa, Ana Gomes disse que irá reunir-se com o seu “grupo de estratégia”, depois de ter aproveitado o dia de reflexão para descansar.
“Esta campanha foi muito boa, eu gostei muito de a fazer. Foi muito bom ouvir por todo o país gente que não baixa os braços, que acredita no país e quer ir para a frente”, disse.
A candidata aproveitou a meia hora na fila - um pouco confusa, em formato de caracol - para ver o telefone, fazer chamadas e conversar com o elemento da sua campanha que a acompanhou, trocando ainda dois dedos de conversa com funcionárias de outras mesas de voto que passavam.
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