A Deliberação n.º 942/2019, que “altera a distribuição de pelouros e correspondente delegação de poderes do conselho de administração” do banco central, estabelece que no Departamento de Supervisão Prudencial (DSP) a vice-governadora Elisa Maria da Costa Guimarães Ferreira passa a ser “substituída, nas suas ausências e impedimentos, pela administradora Ana Paula de Sousa Freitas Madureira Serra”.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do BdP em reunião no passado dia 03, na sequência do anúncio de que Elisa Ferreira vai assumir a pasta de Coesão e Reformas na Comissão Europeia.
A futura comissária, a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia (1986), sucederá a Carlos Moedas, que foi comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP, e que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação e foi nomeado em novembro de 2014.
Os 26 comissários designados (o Reino Unido, que deverá deixar o bloco europeu em 31 de outubro, na véspera da entrada em funções do novo executivo, não designou candidato) serão agora sujeitos a audições no Parlamento Europeu, perante a comissão parlamentar competente, o que deverá acontecer no início de outubro, com a assembleia europeia a pronunciar-se sobre o colégio no seu conjunto numa votação prevista para 22 de outubro, em Estrasburgo.
A nova Comissão Europeia deverá entrar em funções em 01 de novembro, depois do necessário aval da assembleia europeia.
Elisa Ferreira, 63 anos, foi ministra dos governos chefiados por António Guterres, primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002, foi eurodeputada entre 2004 e 2016, tendo ocupado desde setembro de 2017 o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal.
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