Na inauguração da feira tecnológica CeBIT, em Hannover, Alemanha, que conta nesta edição com o Japão como país convidado, Merkel e Abe sublinharam os benefícios do comércio mundial e comprometeram-se a trabalhar juntos e atuar como impulsionadores a favor do acordo.
“Queremos um mercado aberto e livre, queremos um comércio justo, não queremos levantar nenhuma barreira. Na era da internet, queremos conectar as nossas sociedades e cooperar de forma justa. Isto é o livre comércio”, sublinhou Merkel.
No sábado, os Estados Unidos dificultaram a negociação sobre esta questão na reunião dos ministros das Finanças do G20, cuja declaração final omite a habitual condenação ao protecionismo económico.
“Em momentos em que temos de discutir com muitos sobre o livre comércio, fronteiras abertas e valores democráticos, é um bom sinal que a Alemanha e o Japão não discutam sobre isto”, considerou a chanceler alemã.
Abe destacou a sua aposta num acordo comercial com a União Europeia, com a qual o Japão partilha o respeito pela liberdade, os direitos humanos e as regras do jogo democrático, sublinhou.
Junto ao chefe do executivo japonês, Merkel comprometeu-se a ser “motor” nas negociações para esse acordo entre a UE e o Japão e defendeu também as regras da economia social de mercado, que deve responder aos receios e dúvidas dos cidadãos face à globalização e à digitalização.
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