De acordo com informação disponibilizada pela Presidência angolana, entre entradas novas no Governo e reconduções, destaque para o atual cônsul-geral de Angola no Porto, Domingos Custódio Vieira Lopes, nomeado para o cargo de secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, do Ministério das Relações Exteriores, ou de Márcio de Jesus Lopes Daniel, que assume a nova pasta da Reforma do Estado.
A 30 de setembro, na cerimónia que seria para empossar os 32 ministros nomeados – um dos quais faltou e foi posteriormente exonerado e substituído -, o chefe de Estado pediu “trabalho” a todos os governantes indicados, condição que, disse, ditará a avaliação da qualidade das escolhas feitas para este Governo.
“Nós confiamos na vossa capacidade. É evidente que é cedo para concluir se acertamos na composição deste executivo. Será pelo nosso trabalho, pelos nossos resultados, que a sociedade nos vai julgar e concluir, daqui a algum tempo, se, efetivamente, este foi ou não o melhor executivo escolhido”, afirmou João Lourenço.
O Governo angolano conta com 32 ministros (mais um do que o anterior, incluindo um ministro e director do gabinete do chefe de Estado).
Três são ministros de Estado, com Manuel Nunes Júnior a acumular com o Desenvolvimento Económico e Social, Pedro Sebastião com as funções de chefe da Casa de Segurança do Presidente da República e Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso como chefe da Casa Civil.
“Sabemos que temos os olhos, não só dos angolanos, mas também do mundo, postos em nós, a julgar pelas grandes expectativas criadas à volta do que este executivo fará nos próximos anos. Temos um desafio muito grande a enfrentar e a vencer, que é, entre outros, o desafio da diversificação da nossa economia, o desafio do combate às assimetrias regionais, o desafio de garantir maior oferta de bens e de serviços para as nossas populações, o desafio de garantir maior emprego para as cidadãos angolanos, em particular para os nosso jovens”, exortou João Lourenço.
No Governo empossado mantêm as mesmas pastas (do executivo anterior, nomeado por José Eduardo dos Santos) Ângelo de Barros da Veiga Tavares (ministro do Interior), Augusto Archer Mangueira (Finanças), Marcos Alexandre Nhunga (Agricultura e Florestas), Bernarda Martins (Indústria), João Baptista Borges (Energia e Águas), Augusto da Silva Tomás (Transportes), Victória de Barros Neto (Pescas e do Mar), José Carvalho da Rocha (Telecomunicações e Tecnologias de Informação) e Carolina Cerqueira (Cultura).
Dos 32 ministros que compõem o executivo angolano, um dos maiores do mundo, 11 são mulheres, enquanto que entre os 50 secretários de Estado agora nomeados, apenas oito são mulheres.
O poder executivo angolano é tutelado pelo Presidente da República, coadjuvado pelo vice-Presidente, no caso Bornito de Sousa, ambos eleitos pelo partido MPLA, que venceu as eleições gerias de 23 de agosto.
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