O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou igualmente o antigo adido financeiro da Embaixada de Moçambique na Rússia Horácio Matola a nove anos de prisão pela prática de 19 crimes de peculato.
Bernardo Chirinda e Horácio Matola foram dados como culpados de apropriação indevida de fundos do Estado, ao financiarem viagens alheias ao serviço com dinheiro público e efetuarem pagamentos a terceiros sem relação com a embaixada, entre 2012 e 2013.
O tribunal aceitou igualmente a acusação do Ministério Público de que o antigo embaixador se apoderou ilegalmente do 13.º salário dos funcionários da embaixada.
Os dois arguidos foram condenados ao pagamento de uma indemnização ao Estado correspondente ao valor de que se apropriaram ilicitamente e ao pagamento do máximo de imposto de justiça.
Antes de ser enviado para a Rússia como embaixador, Bernardo Chirinda foi porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.
O julgamento de Bernardo Chirinda obrigou à presença em tribunal dos antigos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação OIdemiro Baloi e Leonardo Simão, que prestaram depoimentos como declarantes.
Bernardo Chirinda é o segundo antigo embaixador moçambicano a ser condenado este ano por corrupção.
Em março, a antiga embaixadora de Moçambique nos EUA Amélia Sumbana foi condenada a 10 anos pelos crimes de abuso de cargo, peculato e branqueamento de capitais.
Vários antigos governantes moçambicanos ligados à Frelimo foram condenados ou estão detidos no país por corrupção.
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