Andreas Scharmer, o advogado, não deu quaisquer pormenores além da data da morte.

Hanning foi condenado em junho de 2016 a cinco anos de prisão, mas não chegou a cumprir pena porque aguardava o resultado do recurso que interpôs.

Embora não haja provas de que tenha participado diretamente em qualquer homicídio em Auschwitz, a justiça alemã condenou-o por cumplicidade por ter contribuído para o funcionamento do campo de extermínio.

Em tribunal, afirmou sentir “vergonha por ter visto a injustiça e nunca ter feito nada em relação a isso”.

Hanning foi guarda do campo de concentração entre janeiro de 1943 e junho de 1944, quando tinha 23 anos.

Jovem operário recrutado aos 18 anos pelas Waffen SS (força militar do partido nazi de Adolf Hitler), Hanning combateu nos Balcãs e na frente russa antes de ser transferido, no início de 1942, para Auschwitz.

Depois da capitulação do Terceiro Reich, Hanning passou uma temporada num campo de prisioneiros aliado, antes de retomar a vida como cidadão normal.

Estima-se que tenham morrido mais de 1,1 milhões de pessoas em Auschwitz – o mais mortífero campo de extermínio nazi -, na sua maioria judeus, mas também homossexuais, ciganos e comunistas, incluindo mulheres, crianças e idosos, tanto na câmara de gás, como de fome ou por doenças.