Nos últimos dias, através do Expresso, foi revelado que Marco Capitão Ferreira teria contratado um assessor fantasma quando liderava uma empresa pública.

O jornal noticia que o secretário de Estado admitiu um ex-administrador do Alfeite na idD Portugal Defence (2020-2022), a holding das indústrias de Defesa, para desenvolver "um estudo compreensivo sobre a Economia da Defesa".

Na quarta-feira, o parlamento aprovou a audição de Estado Marco Capitão Ferreira para prestar esclarecimentos sobre um contrato assinado com a Direção-geral de Recursos da Defesa, antes de assumir funções no executivo.

Esta audição, requerida pelo Chega, foi aprovada na comissão parlamentar de Defesa Nacional com a abstenção do PS. Foi também aprovado, com a mesma votação, um requerimento do PSD a solicitar o envio à comissão parlamentar de Defesa da documentação referente a este contrato.

Em causa está um contrato de assessoria assinado em 25 de março de 2019 entre Marco Capitão Ferreira e a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), à data liderada por Alberto Coelho – um dos envolvidos na operação judicial ‘Tempestade Perfeita’ - com uma vigência de 60 dias e no valor de 50 mil euros mais IVA.

Em junho, a Iniciativa Liberal já tinha questionado o Ministério da Defesa sobre se Marco Capitão Ferreira tinha acumulado estas funções com o cargo que assumiu na empresa EMPORDEF em abril desse ano, questionando se teria sido violado o estatuto do gestor público.