"Saiba que estamos em festa, pá", afirmou António Costa na rede social Twitter, descrevendo Chico Buarque como "o poeta de sambas e canções" que os portugueses sabem de cor, "romancista que reserva à linguagem a sua maior atenção".
"Junto-me à alegria de ver Chico Buarque ganhar o Prémio Camões 2019", escreveu o primeiro-ministro português.
Escritor, compositor e cantor, Francisco Buarque de Holanda, 74 anos, é o vencedor do Prémio Camões 2019, tendo o nome sido anunciado na terça-feira, após reunião do júri, na Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro.
Chico Buarque fora já distinguido duas vezes com o prémio Jabuti, o mais importante prémio literário no Brasil, pelo romance "Leite Derramado", em 2010, obra com que também venceu o antigo Prémio Portugal Telecom de Literatura, e por "Budapeste", em 2006.
Nascido em 19 de junho de 1944, no Rio de Janeiro, Chico Buarque estreou-se nas Letras com o romance "Estorvo", publicado em 1991, a que se seguiram obras como "Benjamim", "Tantas palavras" e "O Irmão Alemão", publicado em 2014.
Em 2017, venceu em França o prémio Roger Caillois pelo conjunto da obra literária.
O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".
Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga. Em 2018 o prémio distinguiu o escritor cabo-verdiano Germano Almeida, autor de "A ilha fantástica", "Os dois irmãos" e "O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo", entre outras obras.
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