Falando durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, que decorre até dia 16 no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, António Costa apontou este como um dos exemplos do trabalho político de apoio ao esforço dos agricultores, sublinhando que o projeto vai “poder transformar radicalmente todo o Alto Alentejo”.
“Sendo este ano Portalegre a capital dos festejos do nosso Dia de Portugal (10 de junho), é muito importante que haja esta mensagem de que, sendo o distrito que ao longo das últimas décadas mais sofreu com o despovoamento, que mais empobreceu, tem agora uma grande oportunidade, através de um investimento público de muita qualidade, de poder ter uma transformação muito significativa do seu futuro”, declarou.
O chefe do executivo socialista referia-se ao anúncio feito sexta-feira, no Crato, de um investimento da ordem dos 168 milhões de euros, a concluir em 2027 e que António Costa afirmou ir ter “um poder transformador enorme em todo o Alto Alentejo, à dimensão que o Alqueva teve no Baixo Alentejo".
Com o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, a precisar que a discussão em torno da construção desta barragem se arrasta há 63 anos, Costa frisou que a solução encontrada, juntando os ministérios da Agricultura, da Economia e do Ambiente e a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, vai conciliar o uso agrícola, o abastecimento de água e a capacidade de produção de energia, “equação que dá sustentabilidade a um projeto desta natureza”.
Em despacho conjunto publicado sexta-feira em Diário da República, o Governo determinou o início dos trabalhos para a concretização da Barragem do Pisão que envolvem, no imediato, a elaboração de estudos e projetos, avaliação de impacte ambiental e a compatibilização necessária com instrumentos de gestão territorial.
Este projeto hidroagrícola prevê a submersão da pequena aldeia do Pisão, com 60 habitantes.
A Barragem do Pisão, no Alto Alentejo, já foi anunciada por três primeiros-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso, mas continua por construir.
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