“Essa moção de censura foi um nado morto, visto que, ficou esclarecido, não teria maioria parlamentar para ser aprovada. Faz parte de uma certa disputa que existe hoje na nossa direita para ver quem se destaca mais, se o CDS-PP, se o PSD ou se os partidos emergentes como o Chega ou o Aliança”, afirmou o líder socialista e primeiro-ministro aos jornalistas à entrada de um hotel em Vila Nova de Gaia, no Porto, onde hoje decorre a Convenção Europeia do PS.

Para António Costa, esta iniciativa do CDS-PP é uma questão “mais entre a direita” do que uma questão com o Governo.

O socialista mostrou-se “tranquilo e concentrado” em governar o país e resolver os problemas que afligem os portugueses no setor da saúde, da educação, na criação de mais e melhor emprego e na promoção do crescimento da economia.

Questionado se tem curiosidade sobre o sentido de voto do PSD, António Costa afirmou não ter qualquer tipo de curiosidade.

“A minha curiosidade é saber como vai correr a convenção que resulta de seis semanas de trabalho sobre o tema da Europa e que é fundamental para termos um bom programa para afirmar Portugal na Europa e defender os interesses dos portugueses”, frisou.

A moção de censura ao Governo, anunciada sexta-feira pela líder do CDS-PP, Assunção Cristas, vai ser discutida no parlamento na quarta-feira, disse à Lusa fonte da direção da bancada centrista.

A marcação da data, que obrigou ao reagendamento dos trabalhos da próxima semana na Assembleia da República, foi acordada pelos grupos parlamentares.

A proposta do CDS-PP foi já entregue no parlamento e, segundo o regimento da Assembleia da República, o debate "inicia-se no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação da moção de censura", no caso, na quarta-feira.

Esta será a segunda moção de censura ao Governo minoritário do PS, chefiado por António Costa, ambas apresentadas pelo CDS-PP, e será a 30.ª em 45 anos de democracia, após o 25 de Abril de 1974.

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