"Qualquer que seja o critério, o PS ganhou. E claramente o PSD é o partido mais derrotado, o que traduz uma clara rejeição da estratégia política que vinha a ser seguida", advogou António Costa, que por diversas vezes no percurso a pé parou para falar com os jornalistas que seguiram o líder do PS.

Questionado sobre uma eventual perturbação na relação de forças com os partidos que apoiam no parlamento o executivo do PS, Costa foi perentório: "É preciso muita imaginação para dizer que depois de ganhar uma eleição será mais difícil [a governação]. Não viremos o mundo ao contrário", vincou.

À chegada ao Altis, já cerca das 0:10 de segunda-feira, António Costa - que seguiu a pé ladeado por figuras socialistas como Carlos César, Ana Catarina Mendes, João Galamba ou Maria da Luz Rosinha - tinha à sua espera Fernando Medina, que lhe sucedeu na autarquia de Lisboa.

"É o secretário-geral do partido, foi um grande presidente da Câmara de Lisboa (…) e é também um amigo, por isso é um gosto, obviamente, ter o seu apoio", sublinhou aos jornalistas Fernando Medina, aquando da chegada do líder do PS e também primeiro-ministro.

O PS tinha 134 presidentes de câmara eleitos à meia-noite, quando estavam apuradas as lideranças de 249 executivos camarários, segundo os resultados oficiais das autárquicas de domingo.

À mesma hora, o PSD tinha 65 presidentes de câmara eleitos, as coligações PSD/CDS-PP tinham 10, a CDU (PCP-PEEV) 18 e o CDS-PP seis.

Havia ainda presidentes de câmara eleitos por grupos de cidadãos (13), pelo JPP (1), pelo Nós, Cidadãos! (1) e por uma coligação PSD/CDS-PP/PPM (1).