Segundo fonte diplomática nacional, esta será a primeira visita de um chefe do Governo português à Islândia e a primeira visita de alto nível desde a deslocação do então Presidente da República Mário Soares em 1993.
António Costa chega a Reiquiavique ao fim da manhã e terá logo a seguir um almoço de trabalho com a primeira-ministra da Islândia, Katrin Jakobsdóttir, em que estará em análise o aprofundamento da cooperação bilateral.
De acordo com o executivo de Lisboa, o maior potencial de cooperação regista-se na área das energias renováveis, que é “uma das apostas dos governos dos dois países, representando novas oportunidades para as empresas portuguesas fornecedoras de equipamentos para centrais de energia renovável desde turbinas, transformadores, geradores e soluções solares de pequena escala, para produção de energia fora da rede”.
A meio da tarde, o primeiro-ministro visita em Selfoss, a cerca de 40 quilómetros de Reiquiavique, a Geothermal Power Plant, a maior central de produção de energia elétrica geotermal da Islândia e uma das maiores do mundo, com 303 megawatts de capacidade instalada.
Nesta sessão, António Costa presidirá à assinatura de um memorando de entendimento entre a Agência Portuguesa de Energia (ADENE) e a Autoridade Nacional para a Energia da Islândia que tem como objetivo estabelecer um quadro de cooperação entre as duas entidades ao nível da partilha de conhecimentos, colaboração técnica e desenvolvimento de projetos conjuntos.
Será ainda assinado um memorando de cooperação nos campos da eficiência energética e energia e geotermal, cerimónia após a qual António Costa se desloca à Carbfix, que é uma unidade industrial de captura e mineralização de dióxido de carbono.
Ao fim da tarde, antes de estar presente numa receção à comunidade portuguesa, o primeiro-ministro é recebido pelo presidente da Câmara Presidente de Reiquiavique, Dagur Eggertsson, numa visitará que efetuará ao cluster dos oceanos na capital islandesa.
Na terça e na quarta-feira, também em Reiquiavique, António Costa participa na Cimeira do Conselho da Europa, na qual apoiará a criação de um registo de anos causados pela agressão da Rússia contra a Ucrânia.
Esta será uma das principais decisões que resultará da Cimeira do Conselho da Europa, organização de onde a Federação Russa foi suspensa em 25 de fevereiro de 2022 e excluída em 16 de março do mesmo ano.
Fonte diplomática nacional adiantou à agência Lusa que a concretização deste registo de danos causados pela Rússia na guerra contra a Ucrânia é considerada “um primeiro passo para a posterior criação de um mecanismo de compensação”.
Comentários