“O secretário-geral está agradecido e humilde pelo apoio e fará tudo o que puder para ser digno dessa confiança”, disse hoje Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.
“O secretário-geral teve várias conversas com líderes portugueses esta manhã e esteve ao telefone para expressar o seu agradecimento”, disse Dujarric, em resposta a uma questão da agência Lusa.
O Governo português formalizou hoje a recandidatura de António Guterres para um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU, com uma breve cerimónia na residência oficial, em Lisboa.
O primeiro-ministro, António Costa, assinou a carta a formalizar a proposta do executivo português, documento endereçado ao presidente da Assembleia-Geral da ONU, o diplomata turco Volkan Bozkir, e à presidência do Conselho de Segurança, este mês assegurada pelo Reino Unido.
Segundo António Costa, o secretário-geral da ONU teve uma atuação “exemplar” e uma “liderança firme”.
“Ao longo dos últimos cinco anos, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, serviu de uma forma exemplar as Nações Unidas, a sua Carta, os seus valores. Encheu seguramente Portugal de orgulho, mas, sobretudo, devolveu força a valores fundamentais que o Humanismo que inspirou a Carta das Nações Unidas precisa de ver devidamente promovidos e defendidos”, afirmou António Costa.
O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou que falou ao telefone com António Guterres para transmitir “o caloroso apoio”.
Segundo o chefe de Estado, a recandidatura de António Guterres "é uma excelente notícia para as Nações Unidas, porque demonstrou ser um brilhante secretário-geral", e também "é uma excelente notícia para Portugal, porque é um português de enorme valor".
Marcelo Rebelo de Sousa elogia António Guterres pelo "seu conhecimento dos grandes problemas do mundo, assente numa vasta carreira internacional e numa experiência ímpar ao serviço das Nações Unidas, designadamente no seu atual mandato".
O mandato de António Guterres como secretário-geral da ONU iniciou-se em 01 de janeiro de 2017 e termina em 31 de dezembro.
Em janeiro deste ano, António Guterres anunciou a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos entre 2022 e 2026.
As Nações Unidas deram início este mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetessem os nomes de candidatos ao cargo.
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