António José Seguro transmitiu estas posições em declarações aos jornalistas no final de uma conferência em que participou na Lousã, distrito de Coimbra.
Interrogado se tenciona candidatar-se às eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS marcadas para os dias 15 e 16 de dezembro, o ex-líder socialista referiu-se a um famoso episódio político do verão de 1985, quando Aníbal Cavaco Silva foi ao congresso do PSD na Figueira da Foz fazer a rodagem do seu Citroen e saiu de lá líder dos sociais-democratas.
“É normal que neste turbilhão o meu telefone tenha tocado e recebido mensagens mais vezes. Mas não tenho nenhum Citroen para fazer a rodagem”, respondeu.
Já sobre o caso judicial que motivou a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro e a decisão do Presidente da República de convocar eleições legislativas antecipadas para 10 de março, António José Seguro começou por salientar que tem estado “fora da vida política nacional”, mas em maio passado abriu uma exceção ao comentar a situação que então se vivia no país.
“Em maio, abri uma exceção e fiz uma declaração dizendo que estava perplexo quando olhava para o país. Com aquilo que está a acontecer esta semana e que aconteceu esta semana, não só fico perplexo como partilho o sentimento da esmagadora maioria dos portugueses de tristeza e de inquietação”, declarou.
O ex-secretário-geral do PS deixou ainda uma dura crítica: “O país merece muito mais e merece melhor do que aquilo com que temos sido confrontados”.
António José Seguro, professor universitário, afastou-se da vida política depois de ter sido derrotado por António Costa, então presidente da Câmara de Lisboa, nas eleições primárias do PS de setembro de 2014 para a escolha do candidato a primeiro-ministro deste partido às legislativas de 2015.
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