Com base num plano estratégico para Cabo Delgado, “estão em marcha programas” que incluem “a identificação, acompanhamento e prestação de apoio psicossocial a mais de mil crianças deslocadas”, bem como “apoio multiforme a mais de 400 crianças vítimas de terrorismo, através da sua identificação, reunificação e acompanhamento”, referiu a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, que falava numa conferência internacional sobre a Proteção das Crianças em Conflitos Armados.

Outras medidas em Cabo Delgado incluem “a construção e apetrechamento de um centro de trânsito para as vítimas dos ataques terroristas, incluindo crianças não acompanhadas” e “a criação de escolinhas comunitárias nas zonas de reassentamento”.

A situação no norte do país esteve em foco na intervenção de hoje, em Oslo.

“Em Moçambique, as ações terroristas precipitaram uma crise humanitária sem precedentes na zona norte do país, nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, com cerca de 800 mil deslocados internos, incluindo crianças, algumas das quais assistiram ou foram obrigadas a praticar atos violentos, pelos terroristas”, disse Macamo.

A governante indicou ainda que “o terrorismo em Moçambique está a forçar e a expor centenas de milhares de crianças às redes do crime organizado transnacional e outro tipo de riscos de segurança”.

A chefe da diplomacia moçambicana assumiu o compromisso de o Governo “enviar esforços para prevenir a violação dos direitos da criança e proteger toda a criança moçambicana, em particular as crianças que se encontram nas zonas afetadas pelas ações terroristas”.

A Noruega, juntamente com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Cruz Vermelha Internacional e a organização não-governamental Save the Children acolhe hoje e terça-feira uma conferência internacional sobre a Proteção das Crianças em Conflitos Armados.

O evento é promovido em parceria com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para as Crianças e os Conflitos Armados.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico e que já fez um milhão de deslocados (número das Nações Unidas), cerca de 4.000 mortes (segundo o projeto de registo de conflitos ACLED) e destruição de inúmeras infraestruturas.

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