Segundo a investigação policial, as três obras são propriedade de um colecionador de arte não especialista da província de Toledo, que começou a vender as suas coleções como se fossem originais, com a colaboração de ‘marchands’ de arte que tentavam vender as obras através de email entre colecionadores, a troco de 10 por cento do valor.

De acordo com a polícia regional, a pintura de Modigliani estava acompanhada de documentos supostamente falsificados que comprovavam a sua autenticidade com a intenção de comercializá-la na Suíça, no México e Alemanha por um valor de 8,5 milhões de euros.

O Instituto Valência de Conservação, Restauro e Investigação (IVCR+) determinou que não se trata de uma obra original de Modigliani, mas sim uma pintura falsa, na qual se copiou o seu estilo e temática de forma apócrifa.

As outras pinturas de El Grego, que estavam à venda por 2,5 milhões de euros, e de Goya, à venda por 1,5 milhões de euros, também continham documentação alegadamente falsa para comprovar a sua originalidade e promover a sua comercialização.

Neste caso, especialistas do Museu Sefardita de Toledo e do Museu Nacional do Prado divulgaram informações técnicas que demonstram que se trata de obras falsificadas.

A operação, levada a cabo pela Unidade Policial Adjunta ao governo regional contou com a colaboração da Brigada de Património Histórico do Corpo de Polícia Nacional, permitiu a retirada das três obras do mercado negro.

Os factos foram remetidos ao Tribunal de Instrução n.º 2 de Ocaña, em Toledo, juntamente com as alegadas falsas autenticações e os estudos científicos e físicos pertinentes das obras de arte intervencionadas.

O chefe do Grupo do Património Histórico da Polícia do governo regional, Antonio López, alertou que “a revenda de falsificações é um problema persistente no mercado de arte que preocupa os órgãos policiais, mas também colecionadores, comerciantes de arte e as famílias herdeiras dos artistas, que veem aumentar os circuitos ilegais de comércio”.

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