Na reunião do executivo desta manhã, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, indicou que o plano de vacinação em massa na cidade do Porto tem sido articulado com a task force, tendo adiantado ainda que durante a tarde teria lugar um encontro com o presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), Carlos Nunes e com o secretário de Estado Eduardo Pinheiro, nomeado pelo Governo para coordenar o plano de combate à Covid-19 na Região Norte.
Numa nota publicada na sua página oficial, o município refere que nesse encontro deu a conhecer os passos que o Porto tem dado para se preparar para a vacinação em larga escala, a começar pelo centro de vacinação drive-thru, pronto a operar no Queimódromo do Parque da Cidade há sensivelmente dois meses, e que foi hoje formalizado com a aprovação da proposta na reunião do executivo municipal.
De acordo com a mesma nota, na reunião, “Rui Moreira esclareceu que a estrutura foi criada depois de ter iniciado contactos no sentido de assegurar que a cidade do Porto estivesse munida de uma resposta capaz de corresponder à enorme demanda esperada, a partir do momento em que um grande volume de vacinas chegar à cidade do Porto”.
Esta primeira resposta, adiantou, vai por isso funcionar “sem qualquer custo para o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, também com o apoio da UNILABS, e pode ser “replicável ou triplicável”, garantiu o presidente da Câmara do Porto.
Em fevereiro, o autarca tinha já aberto essa possibilidade, ao referir que para a zona oriental, se for necessário, pode ser montado um segundo centro de vacinação, em modelo drive-thru, no antigo parque de recolha da STCP, e um outro na zona central da cidade, nos Jardins do Palácio de Cristal, esse em sistema walk-thru (a pé).
O independente elucidou ainda o secretário de Estado e o presidente da ARS Norte de que as administrações do Hospital de São João e do Hospital de Santo António estão alinhadas com o Município do Porto e que confirmam que o objetivo de vacinação em larga escala “não é alcançável” somente com recurso aos hospitais e aos centros de saúde.
Rui Moreira transmitiu ainda que para arrancar com o centro de vacinação drive-thru no Queimódromo apenas necessita da autorização do coordenador da task force, da disponibilização de vacinas e naturalmente da definição das pessoas a vacinar e respetiva listagem e/ou acesso ao sistema.
O presidente da Câmara do Porto abre igualmente a possibilidade de a estrutura ser dirigida às pessoas que pretendam tomar a iniciativa de agendar a sua vacina.
De acordo com o memorando de entendimento a ser celebrado com o Centro Hospitalar Universitário de São João, à autarquia cabe assegurar o financiamento para a operacionalização do centro, nomeadamente a “logística, operação, organização de fluxo, os técnicos de vacinação e o apoio médico no espaço, com um mínimo de 12 linhas de vacinação”, o que permitirá realizar até 2.000 inoculações por dia.
Por seu turno, o Hospital de São João assegura a formação, “no que concerne às dimensões da preparação das doses pelos farmacêuticos e de administração das vacinas e registos nos sistemas de informação pelos enfermeiros, bem como a consultoria no que se refere à vigilância clínica de reações adversas”.
A Câmara do Porto aprovou ainda a cedência, por um período certo e não renovável de 6 meses, ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Porto Ocidental, da antiga Escola Básica António Aroso, na União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, onde foi instalada uma área dedicada às doenças Respiratórias (ADR) e um Centro de Vacinação.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.853.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.879 pessoas dos 823.335 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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