Em conferência de imprensa conjunta, as cooperativas Artistas de Gaia e a Árvore, que juntas têm cerca de 1.500 associados, apontaram estar a preparar um dossiê para entregar aos grupos parlamentares, no qual reivindicam que os artistas tenham custos menores na compra de materiais que, vincaram, "são muito caros, mas essenciais para a atividade artística".
José Emídio, presidente da Cooperativa Árvore, e Agostinho Santos, pela Cooperativa Artistas de Gaia, admitiram que esta medida "não vai a tempo" do Orçamento do Estado para o próximo ano, mas querem preparar uma exposição "ponderada" que envolva toda a classe, pelo que deixaram um apelo a outras cooperativas, instituições e escolas.
"É o justo. Isto já acontece noutras áreas, desde os livros ao caso famoso e mais recente, a tourada. Queremos abanar consciências, alertar a sociedade civil para esta ideia, e agir junto da classe política. A ideia é usufruirmos de materiais pagando 6% do IVA e não 23%", disse Agostinho Santos.
Questionado sobre como pensa poder ser a aplicabilidade da medida, o responsável da Cooperativa Artistas de Gaia descreveu a ideia de que os artistas coletados nas finanças paguem os 23%, mas sejam ressarcidos depois.
Já José Emídio quis destacar que "o que está em causa é uma decisão política" e não abordou a forma técnica de como implementar a medida, avançando com nomes de instituições que estas cooperativas pretendem cativar para esta causa, nomeadamente a Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, a Fundação Júlio Resende, várias escolas de artes, bem como a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, entre outras.
"O movimento pretende acolher os contributos do maior número de pessoais, artistas, sociedade em geral e público, dos jovens aos consagrados", disse o presidente da Árvore que tem sede no 'coração' da cidade do Porto.
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