"Em primeiro lugar, o nosso ênfase tem de ser estabilizar o país, a economia, e proteger os rendimentos. Vai ser a ênfase neste ano. Sem se estabilizar e salvar as empresas e proteger os postos de trabalho não teremos uma economia em condições de crescer a partir do final do ano e a partir do próximo ano", declarou aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

"Só com crescimento económico é que vamos conseguir novamente estabilizar as contas públicas e, obviamente, a médio prazo é isso que se espera de nós, num quadro de responsabilidade", completou.

Questionado se vai manter a política de cativações, o ministro respondeu: "Essa foi uma política que não foi nova, sempre existiu e faz parte de uma gestão rigorosa, controlada, em nome dos portugueses e de conseguir recursos para assegurar a estabilidade e a proteção dos seus rendimentos".

João Leão afirmou que é "um prazer e uma honra" poder servir Portugal como ministro de Estado das Finanças, "ainda para mais neste momento de grande dificuldade", e manifestou-se convicto de que, ultrapassada a pandemia de covid-19, Portugal voltará ao "caminho do crescimento da economia e do emprego, da confiança e da sustentabilidade".

Sobre o seu antecessor, Mário Centeno, fez questão de lhe deixar palavras de elogio e disse que aprendeu bastante com o "trabalho notável que fez em nome do país" e a sua "enorme capacidade de liderança" nos últimos cinco anos de trabalho conjunto, enquanto foi secretário de Estado do Orçamento.

"Juntos, preparámos e executámos cinco orçamentos do Estado. Em conjunto, atingimos o primeiro excedente orçamental em democracia, num quadro de criação de emprego e de recuperação do rendimento das famílias", realçou.

O novo ministro manifestou-se empenhando em continuar a "gerir o país com rigor", com "o mesmo espírito de compromisso e de responsabilidade para com os portugueses".

"Só assim conseguimos ter recursos para garantir recuperação de rendimento para todos, estabilidade, e num quadro de sustentabilidade e de responsabilidade perante os portugueses. Não podemos dar passos maiores do que a perna. Temos de gerir as contas com rigor para garantir estabilidade para todos", defendeu.

Quanto ao futuro, assinalou que agora se colocam "novos desafios", e reforçou a mensagem de que "o primeiro desafio é o de conseguir estabilizar o país, quer em termos económicos, no apoio às empresas e à sua liquidez e ao investimento, quer em termos sociais, na proteção do rendimento das famílias".