Em declarações à agência Lusa, o inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, disse que nesta operação, que terminou pelas 04:30 de hoje, foram fiscalizados 1.663 veículos e apreendidas 1,5 toneladas de alimentos, entre os quais carne, moluscos/bivalves, caracóis e fruta de cinco transportadoras.
“O objetivo era fiscalizar este transporte de forma a salvaguardar o consumidor quando os produtos chegam ao ponto de venda”, disse Pedro Portugal Gaspar, explicando que, além da carne, a operação resultou na apreensão de 200 quilos de bivalves que não tinham a indicação de terem passado pelo tratamento na depuradora e de 200 quilos de caracóis que não cumpriam as condições higiossanitárias.
Os restantes alimentos apreendidos (fruta) tinham problemas de rotulagem.
A apreensão da carne resultou na instauração de um processo-crime. Foram igualmente passadas 35 contraordenações.
A operação, que decorreu em todo o território nacional, de Bragança a Faro, envolveu 150 inspetores em 45 pontos diferentes do país.
“Estas quantidades foram detetadas em apenas quatro ou cinco transportadores”, sublinhou o inspetor-geral da ASAE, lembrando que a carne foi apreendida maioritariamente no norte do país e os bivalves e caracóis na região da Grande Lisboa.
“Foram encontrados nestas regiões, mas numa fiscalização de transporte, o que não quer dizer que, por exemplo, os bivalves, tenham sido apanhados na mesma região. Há uma grande probabilidade, mas não é certo”, explicou.
A ASAE apreendeu ainda quatro cavalos, no valor de 12.000 euros, que se destinavam a atividades equestres e as identificações apresentadas não correspondiam, e um veículo para controlo meteorológico, no valor de 30.000 euros.
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