Para esta tarde estava marcada a assembleia que iria decidir o futuro da Ricon Imobiliária e da Fielcon, sendo que a proposta que os credores iriam avaliar, apresentada pelo administrador de insolvência, era a de encerramento e liquidação dos ativos da empresa.
"A sessão desta tarde foi adiada e sem nova data prevista, não há funcionários", disse à Lusa a referida fonte.
Os oficiais de justiça iniciaram no dia 30 de janeiro uma jornada de greve, estando em causa reivindicações relacionadas com o descongelamento das carreiras, formação contínua dos oficiais de justiça e regime de aposentação.
O Tribunal de Vila Nova de Famalicão já decretou, na terça e na quarta-feira, o fim das outras seis empresas do grupo, a Ricon Industrial SA, a Delveste, a Nevag SGPS, a Nevag II SGPS, a Ricon Serviços e a Delcon.
A Ricon apresentou-se à insolvência no final de 2017, tendo um passivo de quase 33 milhões de euros.
Os cerca de 800 trabalhadores do grupo, que detém as lojas da Gant em Portugal, receberam na segunda-feira as cartas de despedimento.
Também na segunda-feira, em comunicado, a administração daquele grupo têxtil explicou que a atividade "dependia de forma significativa da Gant, quer na vertente do retalho, cuja dependência era total, quer na vertente da indústria, cuja dependência era superior a 70%, e que aquela marca "se mostrou totalmente intransigente e indisponível para negociar e/ou mesmo abordar e analisar" as propostas apresentadas.
Na assembleia de credores da Delveste, a representante da Gant confirmou a falta de interesse da marca sueca.
"A Gant tem uma estratégia para Portugal que não passa por nenhuma das propostas apresentadas", explicou.
[Notícia corrigida às 17:41 - a greve em causa é dos oficiais de justiça e não dos funcionários judiciais como anteriormente se lia]
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