“Queremos que os bombeiros das EIP façam parte integrante do estatuto dos bombeiros profissionais, que só abrange os bombeiros sapadores, municipais e a Força Especial de Bombeiros, de forma a terem todos uma carreira única”, disse à agência Lusa Fernando Curto.
O presidente da ANBP falava à margem de um encontro que decorreu hoje, em Albergaria-a-Velha, com os profissionais das Associações Humanitárias de Bombeiros e os profissionais das EIP dos distritos de Aveiro, Coimbra e Viseu, no âmbito de um conjunto de sessões de esclarecimento sobre o estatuto dos bombeiros profissionais que estão a decorrer em todo o país.
As EIP são equipas constituídas por cinco bombeiros profissionais que estão em permanência nos quartéis de bombeiros para ocorrer a qualquer situação de urgência e emergência registada no concelho. Segundo Fernando Curto, neste momento há quase dois mil bombeiros das EIP.
“Os cidadãos têm de ter o mesmo socorro em qualquer ponto do país e quem presta o socorro, que são os bombeiros profissionais, tem de que ter as mesmas condições para prestar um socorro digno às populações”, disse Fernando Curto.
O mesmo responsável explicou que vai ser preciso adaptar o estatuto dos bombeiros profissionais que estão vinculados à função pública, à realidade dos bombeiros das EIP, que estão no setor privado, porque são funcionários das associações humanitárias.
Nesse sentido, o presidente da ANBP disse que foi constituído um grupo de trabalho com representantes destes três distritos, que vão começar a trabalhar a partir da próxima semana num estatuto dos bombeiros profissionais das EIP.
O resultado deste trabalho será apresentado numa primeira fase ao Governo e, posteriormente, às Câmaras onde as EIP estão a ser constituídas e à Liga dos Bombeiros Portugueses.
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