“Não só se esquivaram a cumprir o que foi ordenado pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, como agiram com uma ligeireza vergonhosa, se não mesmo com obstrucionismo, inclusivamente manipulando dados sobre os centros de votação”, asseguram as associações numa nota à imprensa.

A nota foi assinada pelo Sindicato Unificado da Polícia, a Confederação Espanhola de Polícia, a União Federal de Polícia, o Sindicato Profissional da Polícia e a Alternativa Sindical de Polícia.

As associações de polícia consideram que o dispositivo formulado pela “chefia deste Corpo [os Mossos d’Esquadra] foi insuficiente, deliberadamente débil, com uma equidistância que envergonha” e, por isso mesmo, anunciaram o início de ações legais contra o líder dos Mossos, Josep Lluis Trapero, e a sua “equipa diretiva”.

Também vão mover processos contra todos os Mossos “que apareceram hoje nas imagens a dificultar o trabalho da Polícia Nacional e da Guarda Civil ou agindo com uma claríssima falta de respeito pelas ordens judiciais”.

Por seu lado, os Mossos d’Esquadra insistiram hoje que estão a atuar em cumprimento da ordem do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha para impedir o referendo, de “forma proporcional e garantindo a segurança dos cidadãos”.

“As nossas intervenções policiais estão a fazer-se sem afetar a normal convivência com os cidadãos, aplicando os princípios da proporcionalidade e da oportunidade”, indicou a polícia regional catalã.

Durante a manhã, o delegado do Governo na Catalunha, Enric Millo, criticou duramente a atuação dos Mossos d’Esquadra, acusando-os de pôr em risco “de forma irresponsável” o prestígio da polícia catalã.

Num balanço até às 17:00 (16:00 em Lisboa), os Mossos indicaram ter fechado 244 escolas por mandado judicial.

A justiça espanhola considerou ilegal o referendo pela independência convocado para hoje pelo governo regional catalão e deu ordem para que a polícia regional fechasse os locais de votação.

Face à inação da polícia regional em alguns locais, foram chamadas a Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola. Foram estes corpos de polícia de âmbito nacional que então protagonizaram os maiores momentos de tensão para tentar impedir o referendo.

A Guardia Civil e a Polícia Nacional espanhola realizaram cargas policiais e entraram à força em várias assembleias de voto que tinham sido ocupadas por pais, alunos e residentes, numa tentativa de garantir que os locais permaneceriam abertos.

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