"Temos um Governo que não tem feito bem ao país. Ainda hoje ouvi António Costa dizer que está tudo cor-de-rosa, mas lamento dizer que na nossa visão temos um país mais frágil na sua estabilidade", disse aos jornalistas a dirigente do CDS-PP, à margem do conselho nacional do partido, em Portimão.
Segundo a dirigente centrista, os juros da dívida pública voltaram a números que há muito não se viam a Portugal. Quando deveria estar a chegar aos 120% está nos 130%, o que é preocupante".
Para Assunção Cristas, o Governo "está a fazer um foguetório com o resultado do défice, embora já se tenha visto um foguetório idêntico em 2008 e dois anos e meio depois o país estava na bancarrota".
"Temos visto por todo o país como se atinge esse défice. Não com uma redução sustentada da despesa, mas com um tamponamento da despesa, com a degradação dos serviços públicos, como na saúde, educação e na segurança", sublinhou.
Na opinião da dirigente do CDS-PP, "o país está pior, mas o Governo está a ter a ajuda das esquerdas unidas que vão silenciando os sindicatos e que aparecem a dar uma aparência de normalidade e de positividade que não corresponde à realidade do país".
"Vemos muitos casos de fragilidades imensas em todos os setores públicos e vemos muitos casos em que aquilo que o Governo diz não se vem a verificar depois", sustentou.
De acordo com Assunção Cristas, a anunciada diminuição da carga fiscal, "parece que não terá acontecido em 2016, aguardando o CDS pelas contas oficiais para se verificar se corresponde à realidade anunciada pelo Governo".
Questionada sobre a não publicação pela Autoridade Tributária da lista com as transferências de 10 mil milhões de euros para empresas 'offshore', Assunção Cristas afirmou que "o CDS sempre disse que quer ver esclarecido tudo o que se passou".
"Nós somos os principais interessados em saber tudo o que se passou. Porque é que houve erros informáticos ou outros que não permitiram que não se conhecessem um conjunto de transferências relevantes, saber porque não foi investigado e conhecido", concluiu.
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