Em declarações à ITV, Amber Rudd disse que "como referiu a primeira-ministra, estamos confiantes no facto de que eles [os atacantes] eram terroristas radicais islâmicos, pela forma como foram inspirados, e precisamos de saber mais para descobrir a origem desta forma de radicalização", cita a Reuters.

Rudd escusou comentar se os suspeitos eram conhecidos das autoridades antes do ataque de sábado. "As operações estão em curso, então estamos a descobrir mais sobre quem são estas três pessoas".

A ministra do Interior também disse que não parece existir uma ligação entre os atacantes de Londres e o bombista suicida de Manchester, cujo ataque, a 22 de maio, custou a vida a 22 pessoas.

"Pensamos que [a ligação] é pouco provável. Não parece haver, mas não podemos excluir isso para já", disse.

A responsável acrescentou ainda que o nível de ameaça terrorista no país não vai subir de severo para crítico para já porque as autoridades acreditam "que apanharam os principais perpetradores". Os três atacantes envolvidos neste ataque foram abatidos pelas autoridades.

Este sábado, 3 de junho, três atacantes avançaram com um carro na ponte de Londres, atropelando várias pessoas, tendo depois saído da viatura e esfaqueando outras na via pública.

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A polícia explicou que foi notificada às 22h08 de sábado que um veículo atingiu peões na London Bridge, continuando depois para Borough Market. “Os suspeitos deixaram então o veículo e várias pessoas foram esfaqueadas”, indicava o comunicado.

O balanço mais recente dá conta de sete vítimas mortais e pelo menos 48 feridos.

Este incidente deixa o Reino Unido novamente em alerta, depois de a 22 de maio, na cidade de Manchester, um britânico de origem líbia de 22 anos, se ter feito explodir à saída de um concerto da artista norte-americana Ariana Grande, matando 22 pessoas e ferindo 75 outras, muitas das quais crianças e jovens.

O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, foi o mais mortífero no Reino Unido desde os ataques aos transportes de Londres em 2005, que causaram 52 mortos.

Também em 2017, a 22 de março, um homem numa viatura varreu dezenas de pessoas na ponte de Westminster, esfaqueado posteriormente um agente policial que estava de serviço nas imediações do Parlamento. Cinco pessoas morreram na sequência do ataque.

(Notícia atualizada às 12h11)