A explosão aconteceu pouco antes das 07:00 (3:30 em Lisboa) numa rua no Distrito Policial 3, no oeste da capital afegã, disse à agência Efe a porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish.
Este ataque foi um dos mais graves das últimas semanas em Cabul. Mais de 1.700 civis perderam a vida este ano no Afeganistão.
Foi montado um perímetro de segurança no local da explosão, que visava membros do Governo, escreve a Reuters.
Apesar de o local onde a explosão aconteceu estar próximo de uma área residencial onde vivem dirigentes do Governo afegão, o atentado afetou sobretudo lojas e estabelecimentos situados dos dois lados da rua.
"Estava na minha loja quando subitamente ouvi um som terrível e os vidros das janelas estilhaçaram", contou Ali Ahmed.
A explosão destruiu um pequeno autocarro, propriedade do ministro das Minas, assim como três veículos de civis e 15 lojas, informou o ministro do Interior afegão.
Até agora o ataque não foi reivindicado por nenhum grupo armado.
Cabul tem sido palco de graves atentados nos últimos meses, incluindo o do passado 31 de maio com um camião carregado com explosivos, em que morreram 150 pessoas e mais de 300 ficaram feridas, tornando-se no mais sangrento ataque desde o início da invasão norte-americana no Afeganistão em 2001.
A missão da ONU no Afeganistão anunciou na semana passada que o conflito marcou um novo recorde de mortes de civis, com 1.662 mortos nos primeiros seis meses do ano, mais 2% que em 2016, incluindo um aumento nas mortes de crianças e mulheres de 9% e 23%, respetivamente.
Desde janeiro de 2009, quando a ONU começou a contabilizar as vítimas civis do conflito afegão, foram registados 26.500 mortos e 49.000 feridos.
(Notícia atualizada às 09h46)
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