No ‘briefing’ para atualização da situação sismovulcânica, iniciada em 19 de março em São Jorge, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Eduardo Faria, adiantou que "tem havido algumas oscilações, algo que tem sido frequente".

Na quinta-feira "tivemos algumas oscilações, algo que tem sido frequente, com dois, três, quatro dias com registos relativamente baixos, inferior aos 100 sismos, mas alguns períodos acima dos 200", realçou o brigadeiro-general, em declarações aos jornalistas.

No domingo foram registados "cerca de 300" eventos, acrescentou Eduardo Faria.

O responsável precisou ainda que na passada quinta-feira foram registados 67 sismos (um sentido pela população), na sexta-feira 138 eventos (nenhum sentido) e no sábado foram identificados 140 abalos (um sentido pela população), segundo o responsável.

Durante o domingo foram registados 307 sismos e, entre as 00:00 e as 10:00 de hoje, foram registados 191, não havendo registo de sismos sentidos pela população nestes dois dias.

As ocorrências continuam a localizar-se entre os sete e os 12 quilómetros de profundidade, segundo Eduardo Faria.

Contudo, "nalgumas situações foram registados um pouco acima, entre os seis e os 7,5 quilómetros" de profundidade, assinalou ainda o presidente da Proteção Civil dos Açores.

Ainda de acordo com o responsável, "têm-se registado alguns sismos entre as Velas e os Rosais, na zona da Arrifana", mas "são situações pontuais".

Eduardo Faria disse também que os equipamentos que se encontram no terreno para monitorizar a crise sismovulcânica estão “100% operativos” e destacou que "não existem alterações na geoquímica de gases e de água".

O presidente da Proteção Civil açoriana adiantou que no sábado chegaram à ilha sete elementos para reforçar a equipa do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) para a instalação definitiva de algumas das estações de monitorização.

Eduardo Faria revelou ainda que está em fase final de preparação um documento que terá um conjunto de recomendações para visitantes e turistas.

"É algo que está a ser coordenado entre o Serviço Regional, o Serviço Municipal de Proteção Civil e o Governo Regional no sentido para ser disponibilizada informação às pessoas relativamente às viagens para São Jorge", referiu.

A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".

O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) desde o início da crise ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).