A informação sobre as prisões foi confirmada pela organização ambientalista Greenpeace na sua página na rede social Twitter.
“Ativistas que protestavam pacificamente no palácio presidencial contra as políticas anti ambientais do Governo [de Jair] Bolsonaro foram detidos pela polícia militar. Os ativistas simbolicamente levaram o derrame de óleo e a destruição da Amazónia para o local de trabalho do Presidente”, escreveu a organização não-governamental.
Os ativistas também fizeram uma transmissão ao vivo na rede social Facebook dentro da delegacia onde estavam detidos após o protesto.
Nas imagens, os ativistas seguravam cartazes com frases críticas da política ambiental do Governo brasileiro.
Os manifestantes também espalharam madeira queimada, que teria sido recolhida de locais de extração ilegal na Amazónia, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo.
A política para o ambiente adotada pelo Brasil está a ser criticada por organizações não-governamentais (ONG) desde que o novo Presidente, Jair Bolsonaro, assumiu o cargo em janeiro.
Bolsonaro declarou ser contra a demarcação de reservas indígenas, manifestou-se a favor da exploração da Amazónia, incluindo pela atividade mineira, e causou polémica ao acusar as ONG de serem responsáveis pelo aumento dos incêndios na floresta.
De janeiro até setembro foram registados 66.750 focos de queimadas na Amazónia brasileira, dado que indica um aumento de 42% face ao registo do mesmo período do ano passado, de 46.968 focos de incêndio.
Além disso, o derrame de toneladas de petróleo no litoral do nordeste do país, cujas causas ainda não foram identificadas, está a poluir mais de 200 de praias em nove estados brasileiros.
De acordo com a Marinha brasileira, desde 02 de setembro, data em que o aparecimento do petróleo nas praias foi detetado, militares foram mobilizados para as áreas contaminadas.
As manchas de petróleo no mar e nas praias brasileiras já mataram tartarugas marinhas, pássaros, golfinhos e crustáceos.
Segundo especialistas, o petróleo nas águas do Atlântico da costa brasileira ameaça espécies animais, algumas delas em risco de extinção como o peixe-boi, e pode contaminar a cadeia alimentar.
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