Na Assembleia da República, numa conferência sobre "recrutamento militar" promovida pela comissão parlamentar de Defesa, Azeredo Lopes sublinhou que estão em curso estudos pela Direção-Geral de Recursos de Defesa que ditarão medidas a adotar.

"É também desse autoquestionamento que há de resultar, seja uma maior eficácia das estratégias a adotar com vista ao recrutamento e à retenção dos nossos jovens - hoje, em média, muito mais qualificados que há dez ou vinte anos -, seja uma maior justeza das garantias a dar de acesso ao mercado de trabalho no final dos contratos, seja até uma estratégia mais consolidada para o recrutamento no feminino", defendeu.

Os estudos em curso incidem "sobre a perceção dos jovens relativamente às Forças Armadas e dos militares relativamente à própria profissão", adiantou Azeredo Lopes, sustentando que virão "a revelar-se determinantes na conceção e aplicação de medidas concretas" sobre o recrutamento e retenção de militares.

O ministro da Defesa expôs algumas das dificuldades de recrutar e reter militares, com "o problema demográfico e de envelhecimento da população" à cabeça, mas também a "tradição de alimentação da estrutura militar a partir das bases - por oposição, por exemplo, ao paradigma industrial, onde à contratação de jovens que iniciam a sua carreira se associa a contratação de especialistas experientes".

"Aquele que alguns alegam ser o desfasamento entre as expectativas e anseios das gerações mais jovens - que são as gerações das redes sociais, da dita democratização do acesso à esfera pública e à opinião, que são as gerações da relação porventura atenuada, porventura apenas própria, com a disciplina e a autoridade -, o aparente desfasamento, dizia, entre as nossas novas gerações e o imaginário militar", sustentou.

Uma estratégia de recrutamento passará necessariamente pela sensibilização e o esclarecimento "do que é hoje a missão e os desafios que se colocam à Defesa Nacional e às Forças Armadas".

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