Em declarações aos jornalistas no final da sessão de abertura das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem entre hoje e terça-feira no Funchal, Joaquim Miranda Sarmento considerou que se mantêm “contradições insanáveis” dentro do Governo sobre a decisão de acionar o SIS para recuperar o computador do Ministério das Infraestruturas, na noite de 26 de abril.

“O que nós esperávamos é que o primeiro-ministro esclarecesse o que afinal se passou, se teve ou não conhecimento naquela noite do que ocorreu, como foram usados os serviços de informações e se foram usados dentro da legalidade”, afirmou, considerando que tal não aconteceu até agora.

Questionado se o PSD apoiará as propostas já entregues por Chega e IL para uma comissão de inquérito sobre esta matéria, Miranda Sarmento respondeu que os sociais-democratas “votarão favoravelmente”, mas não se comprometeu desde já com uma iniciativa própria potestativa (os sociais-democratas são o único partido com deputados suficientes para conseguir impor um inquérito parlamentar, mesmo contra a vontade do PS).

“Iremos ponderar se apresentamos ou não. Há ainda muito por esclarecer, o primeiro-ministro tem o debate sobre política geral na quarta-feira no parlamento, pode ser que seja a oportunidade de esclarecer os portugueses sobre as contradições enormes e depois avaliaremos se faremos essa iniciativa parlamentar ou não”, disse.