Após uma visita à escola e uma reunião na Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares do Norte, Alexandra Leitão divulgou que as “obras urgentes” que vão ser realizadas durante o fim de semana vão permitir que as aulas na Escola Alexandre Herculano sejam retomadas já na segunda-feira para os alunos da unidade de multideficiência e de ensino noturno.

Na terça-feira é a vez de os alunos dos nonos anos e do ensino secundário poderem regressar às aulas na Escola Alexandre Herculano, encerrada desde quinta-feira por chover dentro das salas de aula.

Ao início da tarde o diretor do agrupamento, Manuel Lima, anunciou que a escola iria reabrir na quarta-feira para parte dos alunos, sendo que os estudantes do 7.º e 8.º anos seriam deslocados para a Escola Ramalho Ortigão.

Os trabalhos a serem realizados durante o fim de semana irão permitir porém antecipar a reabertura da escola.

Estes trabalhos incluem “obras imediatas e urgentes que vão ser feitas para melhorar as condições de conforto, de habitabilidade e de dignidade da escola”, nomeadamente “ao nível dos vidros, do desentupimento de caleiras, do chão, para que (…) alguns alunos possam continuar a ter aulas aqui”, explicou a governante.

Para quarta-feira mantém-se o agendado início das aulas dos alunos do 7.º e 8.º anos na Escola Ramalho Ortigão.

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) anunciou quinta-feira que a Escola Secundária Alexandre Herculano foi encerrada pelo respetivo diretor por “chover em várias salas”.

Em comunicado, o sindicato recordava que “tem vindo a alertar para a falta de condições” da escola “ao longo de vários anos”, sustentando que “a decisão de encerramento deste estabelecimento de ensino por chover no seu interior é só mais um episódio que revela a sua degradação, colocando permanentemente em risco a segurança e a saúde de trabalhadores e alunos”.

A falta de condições na Escola Secundária Alexandre Herculano - projetada pelo arquiteto Marques da Silva (1869 -1947), autor da estação ferroviária de São Bento e da Casa de Serralves, e classificada como imóvel de interesse público - tem motivado intervenções de várias entidades e partidos políticos, nomeadamente ao longo do último ano.