As buscas foram retomadas hoje ao amanhecer, com um milhar de membros de equipas de resgate mobilizados, incluindo militares e polícias.
O diretor geral da polícia do estado de Uttarakhand, Ashok Kumar, disse que 26 corpos foram encontrados e 171 pessoas estão ainda desaparecidas.
A maioria dos desaparecidos trabalhava em duas centrais hidroelétricas na barragem de Richiganga, alguns ficaram presos em dois túneis bloqueados por lama e pedras.
Doze pessoas foram resgatadas no domingo num deles, mas ainda há 34 presas, afirmou à agência France-Press o chefe da polícia da fronteira entre a Índia e o Tibete, Banudutt Nair, no comando das operações de socorro.
As dificuldades técnicas estavam a atrapalhar as operações de resgate no túnel, mas cerca de 80 metros no interior já estão acessíveis, de acordo com Vivek Kumar Pandey, outro responsável local.
“Cerca de 100 metros de entulho dentro do túnel ainda precisam de ser removidos”, acrescentou.
As equipas de resgate acreditam que há bolsas de ar no túnel, segundo Nair.
“Estávamos 300 metros dentro do túnel a trabalhar. De repente ouvimos assobios e gritos a dizer-nos para sair. Conseguíamos ver a saída quando a água entrou de rompante. Foi como um filme. Pensávamos que não íamos ficar bem”, afirmou Rajesh Kumar, um sobrevivente de 28 anos.
A enorme massa de água devastou o vale do rio Dhauliganga, destruindo tudo no seu caminho, submergindo um complexo hidroelétrico e arrastando as estradas e pontes, de acordo com imagens captadas pelos moradores.
Esta região montanhosa nos Himalaias registou também inundações, deslizamentos de terra e o colapso de edifícios em junho de 2013, depois das chuvas das monções se terem adiantado um mês e terem produzido mais 68% de precipitações do que o habitual.
Essa tragédia causou cerca de 7.000 mortes ou desaparecidos, muitos deles peregrinos hindus que foram para Uttarakhand visitar alguns dos lugares mais importantes da religião e onde nasce o sagrado rio Ganges.
[Notícia atualizada às 16:58]
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