No ofício a pedir uma reunião a Capoulas Santos, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste alertou as elevadas temperaturas “provocaram perdas verdadeiramente inquietantes no setor agrícola, setor tão decisivo e estratégico para a economia regional e nacional, com as produções de pera rocha, maçã e uva a serem as mais afetadas”.
“Pela inexistência de histórico deste tipo de fenómenos meteorológicos na região e por se tratar de um custo adicional que estrangula as já reduzidas margens de lucro, muitos agricultores optam por não contratualizar seguros para este tipo de ocorrência, havendo poucas culturas cobertas por seguros de colheita”, sublinharam os autarcas.
A OesteCim pediu a ajuda da tutela não só no sentido de “minimizar” os prejuízos, mas também trabalharem em conjunto com o intuito de os prevenir no futuro, através da alteração dos seguros de colheita, “face ao previsível aumento das temperaturas atmosféricas nos próximos anos”.
A produção de pera rocha deste ano registou quebras entre 15 e 25 por cento e um prejuízo acima de 30 milhões de euros, devendo ficar entre as 180 a 190 mil toneladas, abaixo das 210 mil anteriores, estimaram os autarcas e a Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha (ANP), que representa o setor.
As quebras na produção de uva de mesa são superiores a 50% e nas uvas para vinho rondam os 40%.
A vaga de calor de agosto causou prejuízos acima dos nove milhões de euros aos produtores de vinho da região de Lisboa, que perderam 30% da produção do ano passado, que foi de 106 mil toneladas de uva para vinho, segundo a Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa.
A OesteCim integra os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Nazaré, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
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