Numa análise aos resultados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna constata-se que, dos 18 distritos e duas regiões autónomas, na eleição para a câmara municipal Setúbal reduziu a abstenção para 54,45%, com 398.201 eleitores que não foram votar, num universo de 731.365 votantes, quando nas anteriores autárquicas tinha registado uma taxa de 58,33%.
No sufrágio de domingo, em que o país viu cair a taxa de abstenção nacional para 45,03% (contra os 47,40% em 2013), depois da região do Sado, os dois distritos com mais abstencionistas foram Faro, com 52,56% (que aumentou face aos 52,43% em 2013), e Lisboa, com 51,33% (menos do que os 55,46% nas anteriores autárquicas).
O concelho de Setúbal, com 56,93%, liderou a abstenção no distrito - destronando Sesimbra (2013) -, ainda assim menos do que os 61,27% registados no anterior sufrágio, seguido do Seixal, com 56,72% (teve 61,14% há quatro anos) e de Palmela, com 56,49% (antes teve 61,49%), de acordo com os dados dos serviços do MAI.
Em termos da preferência dos eleitores do distrito de Setúbal, a CDU continua a dominar, com 37,07% (registou 41,49% em 2013), seguindo-se o PS, com 31,52% (26,07%) e o PSD, com 07,75% (08,43%).
No distrito de Faro, os três primeiros lugares relativos à preferência do eleitorado recaíram no PS, com 46,32% (36,71% em 2013), seguido do PSD em coligação, com 11,16%, ou com listas próprias, com 10,95% dos votos.
No distrito de Lisboa, os socialistas conquistaram 37,67% dos votos (em 2013 tiveram 37,50%), a CDU ficou pelos 13,15% (menos do que os anteriores 15,63%) e o PSD com o CDS-PP chegou aos 10,95% (acima dos 8% com outros partidos em 2013).
Os três distritos com menos abstencionistas foram Portalegre, com 34,55% (abaixo dos 36,86% nas autárquicas anteriores), Braga, com 35,65% (37,38%) e Beja, com 37,94% (mais do que os 37,65% em 2013).
De acordo com o apuramento nos 308 municípios e 3092 freguesias do país, o PS conquistou 161 câmaras (duas em coligação), o PSD ganhou em 98 (em listas próprias e com outros partidos), a CDU conquistou 24, os grupos de cidadãos eleitores (independentes) venceram em 17, o CDS-PP em seis e o JPP e o Nós, Cidadãos! ficaram com um presidente de câmara cada.
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