“Lisboa necessita de uma candidatura que seja independente, uma candidatura cosmopolita, uma candidatura verde e uma candidatura que consiga devolver a Lisboa a qualidade de vida que Lisboa merece”, declarou Joana Amaral Dias, no âmbito do lançamento da candidatura pelo Nós, Cidadãos!, que integra o movimento político Agir, à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de 01 de outubro.
Para a candidata do partido Nós, Cidadãos!, é necessário fazer “reformas e alterações profundas” na forma como se vive na cidade de Lisboa.
“Os problemas de Lisboa estão, sobejamente, diagnosticados e identificados. Todos sabemos e todos conhecemos os problemas e os pontos críticos da habitação, dos transportes, do trânsito, do estacionamento, da limpeza e da higiene urbana, contudo vão passando sucessivos executivos camarários sem que esses problemas de base e estruturais sejam resolvidos. Aliás, em vez de serem resolvidos, têm surgido em cima desses mesmos problemas novas questões e novos problemas”, afirmou Joana Amaral Dias, em declarações aos jornalistas.
Neste sentido, a candidatura do Nós, Cidadãos! à presidência da Câmara de Lisboa propõe-se a resolver os problemas existentes, apresentando “algumas soluções e algumas alternativas inovadoras e diferentes para a cidade”.
“Desde logo, achamos que a cidade necessita de uma resposta clara ao nível da mobilidade, precisa obviamente de melhorar as condições do Metro, nomeadamente a acessibilidade, mas precisa também, possivelmente, de um metro de superfície”, avançou Joana Amaral Dias, acrescentando ainda que os cidadãos precisam de sítios gratuitos para estacionar na capital.
Ao nível da modernização de Lisboa, a candidata quer implementar uma rede de redes ‘wi-fi’ gratuito em toda a cidade e criar o “Cartão Alfacinha” que permita dar alguns privilégios e discriminar positivamente os lisboetas.
“Os programas que foram até agora apresentados pelos demais candidatos são curtos, são programas breves e […] são também alternativas insuficientes para Lisboa”, considerou Joana Amaral Dias.
Sobre a candidatura de Fernando Medina pelo PS, a candidata do Nós, Cidadãos! disse que o atual presidente da Câmara de Lisboa tem “muitas explicações” a dar sobre o orçamento municipal, referindo-se aos 27 milhões de euros na categoria ‘Outros’ numa “espécie de um saco enorme azul onde não são discriminadas as despesas”.
Joana Amaral Dias acusou ainda Fernando Medina de fazer obras na cidade para “dar-se a conhecer”, uma vez que “o poder lhe caiu no colo”, criticando o resultado das intervenções: “os lisboetas passaram a ter pior qualidade de vida, mais trânsito, mais engarrafamento e mais confusão”.
Além da candidatura do PS, a candidata do Nós, Cidadãos! comentou a proposta do PSD - Teresa Leal Coelho - com “uma candidatura de última hora, sem qualquer investimento sério”, e a do CDS-PP – Assunção Cristas - que parece “mais para firmar créditos de uma líder de um partido que ficou órfã de Paulo Portas”.
Em relação às propostas da Esquerda, Joana Amaral Dias considerou a candidatura do BE - Ricardo Robles - “apresenta claramente um candidato de segunda linha” e questionou se o candidato da CDU – João Ferreira - vai desistir do cargo de eurodeputado se por acaso for eleito vereador por Lisboa.
Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (CDS-PP), Teresa Leal Coelho (PSD), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Inês Sousa Real (PAN), assim como o atual presidente da Câmara, Fernando Medina (PS).
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