"É nessa missão de serviço que aqui estamos hoje para derrubar esta quase hegemonia que o Partido Socialista detém em Lisboa", disse o líder centrista na apresentação da coligação autárquica para Lisboa "Novos Tempos", que junta PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança.
Hoje, no Jardim da Estrela, em Lisboa, os cinco partidos assinaram o acordo para a coligação encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas, que será o candidato à Câmara Municipal de Lisboa.
Na iniciativa, o presidente do CDS-PP manifestou o seu "desejo que estas eleições autárquicas aqui na capital do país possam constituir um marco de mudança para Portugal, que se possa virar a página do socialismo, e que este exemplo de Lisboa para o resto do país irá contagiar".
Na ótica de Rodrigues dos Santos, é necessário "um projeto alternativo ao socialismo" que tem "atrasado Portugal e os lisboetas há demasiados anos consecutivos", e esta coligação dá resposta ao "desejo de mudança" que disse que os lisboetas e os portugueses sentem.
Na sua intervenção, o presidente do CDS-PP elogiou várias vezes o candidato e disse também que o partido sabia que tinha de "apoiar Carlos Moedas" e fê-lo "de forma sincera e convicta mesmo antes" de ter "quaisquer garantias de que seriam satisfeitas" as suas condições, nomadamente "ao nível da chave de repartição de oportunidades".
Assim, "é com muito entusiasmo" que o CDS-PP participa nesta coligação, garantiu.
Na ótica de Francisco Rodrigues dos Santos, era necessário “um fenómeno carismático, uma figura competente com currículo na sociedade civil, com experiência profissional, mas também com enormes qualidades de liderança política” e Carlos Moedas é “o homem certo para protagonizar este desafio”.
Assim, esta foi uma escolha “muito feliz”, afirmou o presidente do CDS-PP espera que Lisboa lhe “dê oportunidade de mostrar aquilo que ao leme do país já foi capaz de fazer”.
Francisco Rodrigues dos Santos salientou igualmente que este foi um acordo “fácil de celebrar” e que esta coligação “ama a cidade, abraça a cidade e quer cuidar de Lisboa e oferecer-lhe um projeto mobilizador que corrija as deficiências estruturais que a governação socialista aqui imprimiu”.
“Somos um espaço não socialista que quer somar, que não quer dividir, que não quer subtrair e sabe que unido tem todas as condições para derrubar a esquerda”, defendeu.
Lisboa deverá ser “mais transparente e mais confiável”, pelo que o candidato à câmara “será sempre um trunfo enquanto homem de compromisso e de combate à corrupção”, advogou ainda o democrata-cristão.
O presidente do CDS-PP defendeu ainda que o próximo presidente do município deve ser "próximo, afetuoso", alegando que os cidadãos precisam de um "tónico de esperança".
Além dos presidentes das distritais e concelhias de PSD e CDS-PP, marcaram também presença os secretários-gerais dos dois partidos e alguns autarcas da capital e dirigentes nacionais, como o presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, que esteve envolvido nas negociações para este acordo coligatório, além de alguns deputados do PSD (e nenhum do CDS-PP), como Filipa Roseta, Hugo Carvalho, Lina Lopes e o antigo parlamentar social-democrata António Leitão Amaro.
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