“Eu já tive oportunidade de falar com a Linda Oliveira, candidata do CDS a presidente da Junta de Freguesia de Palmela, que está naturalmente muito consternada e abalada com os acontecimentos porque foi a visada de um tiroteio enquanto montava estruturas de campanha no seu próprio concelho”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.

O líder democrata-cristão falava aos jornalistas em Coimbra, no início de uma arruada com o candidato da coligação “Juntos por Coimbra” (PSD/CDS/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR/Volt), José Manuel Silva.

Na ótica do presidente do CDS, tratou-se de um “atentado contra a democracia perpetrado por forças que são altamente extremistas e que devem merecer o repúdio e a censura de todos os partidos democráticos”.

E os autores devem ser “severamente punidos porque em democracia não há lugar para comportamentos destes”, defendeu.

Questionado sobre os autores do tiroteio, Francisco Rodrigues dos Santos indicou que “as forças não estão identificadas”, mas que “são extremistas pela natureza do crime que perpetraram, e neste momento a polícia está a efetuar diligências de investigação para apurar quem são”.

“Agora, há uma coisa que é certa, Portugal não pode regressar ao tempo do PREC. Todos nós no CDS nunca tivemos medo e afirmámos sempre este partido sob cerco e debaixo de fogo, não nos deixaremos intimidar e estaremos sempre na luta da democracia que orgulhosamente ajudámos a fundar em Portugal”, vincou.

O presidente do CDS-PP referiu que foi avisado do sucedido pela candidatura local e que “aqueles tiros foram na direção” dos candidatos “que estavam a montar estruturas de campanha, eram o alvo daquele crime”.

O CDS-PP comunicou hoje que a candidata do partido à Junta de Freguesia de Palmela, distrito de Setúbal, foi surpreendida na noite de sexta-feira por um tiroteio, quando se encontrava a colocar material publicitário.

Em comunicado, o partido indica que, por volta das 22:30, Linda Oliveira encontrava-se a colocar uma faixa publicitária relativa às eleições autárquicas marcadas para o dia 26, na Avenida dos Caminhos de Ferro, quando "foi apanhada no meio de um tiroteio".

Segundo o relato, "uma mota sem matrícula e sem luzes, com dois indivíduos todos vestidos de preto, aproximou-se do grupo de candidatos" e terá disparado "dois tiros em direção aos presentes".

"Não satisfeitos, depois de passarem pela candidata, voltaram a disparar mais dois tiros, acertando numa vivenda ao lado, assustando os residentes, que se atiraram para o chão", lê-se no comunicado.

De acordo com a nota, a "GNR foi imediatamente chamada ao local, tendo-se colocado à procura dos indivíduos".

A Lusa contactou a GNR de Palmela que confirmou a deslocação até ao local, tendo apenas encontrado os denunciantes, pelo que não pode constatar os factos, apesar de ter percorrido as imediações.

Aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou também para criticar o ministro da Administração Interna, que se comprometeu “a contratar 10 mil novos efetivos”, mas “já passou mais de metade da legislatura e só contratou cerca de 10%, perto de mil, o que significa que é a insegurança dos portugueses que está em causa e o combate à criminalidade quando não dá às forças de segurança a autoridade e os meios necessários para combater o crime”.

“Isto não pode continuar a acontecer. É necessário contratar os efetivos que as nossas polícias merecem, promover a sua autoridade e apostar em mecanismos, como o CDS tem defendido no parlamento, como a videoproteção que ajuda a identificar imediatamente os responsáveis”, defendeu.

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