À margem de um encontro com jornalistas para apresentação de eventos no concelho de Cascais, o também presidente daquele município adiantou que, na Grande Lisboa, entre os candidatos que faltam conhecer - em Lisboa, Loures, Oeiras e Odivelas -, um deles será revelado no início do próximo mês.
"Um deles será revelado no lote de fevereiro", assegurou Carlos Carreiras, acrescentando que o calendário máximo para lançar as candidaturas, determinado pelo PSD, é até 31 de março.
Sobre o candidato a Lisboa, o coordenador autárquico explicou que a eventualidade de Pedro Santana Lopes (ex-presidente do município e atual provedor da Misericórdia de Lisboa) estar disponível para avançar, o que depois não se veio a confirmar, atrasou o processo de decisão.
"Infelizmente a decisão final dele não foi favorável e por isso implicou que se fizesse uma reflexão profunda", justificou.
No entanto, o nome do candidato social-democrata à capital está já em processo final de decisão, com Carlos Carreiras a revelar que terá notoriedade.
"A candidatura que estamos a trabalhar vai lutar pela vitória. O que falta para o nome estar fechado é a convergência das propostas do candidato com as do partido", afirmou.
O coordenador não adiantou nomes ou se o candidato à capital será conhecido já em fevereiro.
"Não será provável que seja uma mulher, mas pode ser. Se eu puder anunciar Lisboa em fevereiro, anunciarei", sustentou.
Desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas, o PSD e o CDS-PP concorreram por várias vezes coligados à Câmara Municipal de Lisboa, incluindo nos dois atos eleitorais mais recentes, em 2009 e 2013.
Em setembro passado, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou que é candidata às autárquicas deste ano na capital.
Em dezembro, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, não excluiu coligações com o CDS-PP para as Câmaras de Lisboa e do Porto, mas sem se pronunciar sobre um eventual apoio social-democrata a Assunção Cristas.
Questionado sobre um eventual apoio a Paulo Vistas, atual presidente da Câmara de Oeiras, que já anunciou a sua recandidatura ao município como independente com abertura para apoios partidários, Carlos Carreiras disse também que essa decisão ainda não está tomada.
"Estamos a procurar sarar divergências do passado. Neste momento nada está fechado, mas também se viermos a chegar a um acordo de apoiar Paulo Vistas, não será surpreendente", disse o coordenador.
Paulo Vistas foi vice-presidente no município de Oeiras quando a autarquia era liderada por Isaltino Morais, que saiu do PSD e fundou o movimento Isaltino Oeiras Mais À Frente (IOMAF).
Foi através desta força que Paulo Vistas foi eleito nas autárquicas de 2013, ano em que Isaltino Morais estava preso no âmbito de um processo em que foi condenado por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Este ano, Paulo Vistas candidata-se pelo movimento Associação Oeiras Mais À Frente (AOMAF).
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